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Fernando Santos
Segunda-feira, 25 Fevereiro de 2002, 13h38
terraesportes@terra.com.br

Boas e más notícias


O técnico Hélio Rubens começou a revelar parte de seus planos para o Mundial de Indianápolis: ele descartou definitivamente a convocação do cestinha Oscar, o que é uma má notícia. E anunciou que o armador Valtinho estará de volta, essa sim uma boa notícia.

As revelações do treinador da Seleção Brasileira foram feitas em entrevista à ESPN/Brasil, neste domingo. Sobre Oscar, Hélio Rubens foi bem claro: "Ele é um jogador que está em final de carreira, que já anunciou que deixa o basquete ao final do Campeonato Nacional e que já deu toda a sua contribuição à seleção."

Uma posição cômoda do treinador, em relação ao assunto levantado nesta coluna na semana passada. Oscar poderia ajudar muito a seleção em Indianápolis. Se o próprio Hélio Rubens admite que falta experiência internacional à seleção, por que não levar alguém com anos de participação no basquete europeu e cinco olimpíadas no currículo? E, claro, o único com média superior a 30 pontos no atual campeonato, mesmo com 44 anos.

O técnico prefere manter sua política de renovação. E é bom lembrar que o relacionamento entre o dois nunca foi um mar de rosas. Pelo contrário: sempre esteve mais para um maremoto. E Oscar também não quer alimentar essa discussão. Em carta enviada à coluna, ele afirma que não pretende reconsiderar sua posição e nem aceitaria um eventual convite.

Ponto final no caso Oscar, é hora de pensar no futuro. E não existe futuro na seleção sem Valtinho. O armador do Uberlândia está arrasando no Nacional, como fez domingo contra o Flamengo de Oscar, e não pode mesmo ficar de fora. Não se trata de um Romário, em comparação com a seleção de futebol, mas ignorá-lo colocaria Hélio Rubens na mesmo posição que Felipão.

E, desta vez, o técnico da equipe de basquete deixou o suspense de lado. "Jogando como está, Valtinho será convocado", disse Hélio Rubens à ESPN nacional. Poderia ter ido mais além: jogando como está, o Valtinho não só merece a convocação, como um lugar entre os cinco titulares. Não é possível comparar sua agilidade, sua movimentação e seus arremesos com o jogo de Helinho ou Demétrius.

Mas acredito que será difícil Hélio Rubens mudar radicalmente sua posição. Como todo treinador, ele tem suas teimosias. Que passam pelo filho Helinho e por Demétrius. Os dois ainda devem ter a confiança do treinador. E Valtinho terá que jogar ainda mais para ganhar a posição.

Hélio Rubens voltou a citar comentário feito aqui, meses atrás, de que Valtinho, por razões obscuras, estava afastado da seleção. Ele disse que foi o responsável pelo lançamento do armador no basquete profissional, em 97, e que só não o manteve na equipe no ano passado por razões físicas. Agora, o técnico tem a oportunidade de comprovar essa afirmação, garantindo um lugar de destaque para o armador na seleção.

Se o passado do Brasil era Oscar, o futuro passa pelas mãos de Valtinho. Entre boas e más notícias, a seleção pode sair no lucro.

 

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