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Fernando Santos
Quinta-feira, 14 Fevereiro de 2002, 18h33
terraesportes@terra.com.br

Iguais, mas diferentes


Imagine dois supercarros. Que tal dois Mercedes? Coloque-os lado a lado na rodovia e dê a partida. Com uma pequena, mas importante diferença: um dos Mercedes é zero quilômetro; o outro, é de 1991. Ambos são excelentes modelos, mas o ano de fabricação é o grande detalhe.

O comentário acima foi feito por Shaquille O'Neal, ao falar dos dois recentes duelos entre Kobe Bryant e Michael Jordan. Ambos vencidos pelo garoto-prodígio do Los Angeles Lakers, e um dos maiores, senão o maior, candidato a suceder o trono do rei da NBA.

"O ideal seria testar o Kobe de 26 anos contra o Michael de 26 anos. Mas não é possível adiantar nem atrasar o tempo. Portanto, não há como compará-los", disse Shaq, em entrevista ao jornal Los Angeles Times.

De fato, é a mesma dificuldade para comparar Pelé com Maradona. Kobe Bryant, pode-se dizer, está no início da carreira, que tem tudo para se transformar numa das maiores da história da NBA. Com apenas 23 anos, já foi campeão duas vezes e acaba de conquistar o prêmio de MVP do All-Star Game.

Jordan, ao contrário, está no final da carreira, que já foi encerrada e retomada duas vezes. No próximo domingo, ele completa 39 anos. Poderia ter idade para ser pai de Kobe Bryant.

Quando se fala em grandes jogadores, a comparação é inevitável. Quem foi melhor? Onde o novo concorrente pode chegar? Pode ser ainda melhor do que o seu antecessor? Perguntas que sempre existirão.

O que faz de Bryant especial, além de seu talento, é a sua juventude. Ora, são apenas 23 anos. Jordan só ganhou seu primeiro título com 28. Shaq também só foi sentir o gosto do título aos 28. Kobe ainda tem mais cinco pela frente antes de chegar à idade mágica. E já tem dois anéis conquistados. Onde ele pode chegar? Talvez superar os 11 títulos de Bill Russell? Por que não?

Dizer que Bryant é o novo rei da NBA ainda é precipitado. Isso leva tempo. Mas não há como negar que ele está no caminho certo. E Jordan pôde comprovar, em dois jogos, no domingo e na terça, ambos dominados por Kobe - um Mercedes que não pára de acelerar, e anda cada vez mais rápido.

Ainda na entrevista ao Times de LA, Shaq aproveitou para dizer que, na mesma situação, é impossível compará-lo a outra lenda do basquete: o ex-pivô do Lakers Kareem Abdul-Jabbar. "Eu jamais conseguiria evitar os seus ganchos", disse O'Neal. "Mas se ele era capaz de fazer 30 pontos por jogo, eu também sou. E, nos rebotes, acho que venceria."

Se alguém tiver uma máquina do tempo, será possível acabar com essas discussões: Kobe é melhor que Jordan? Shaq é melhor que Kareem?

 

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