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Fernando Santos
Quinta-feira, 03 Janeiro de 2002, 22h19
terraesportes@terra.com.br

Jordan e o Pelé argentino


Você já imaginou Pelé jogando contra a seleção brasileira? Maradona, contra a Argentina? É mais ou menos essa sensação, estranha, aparentemente absurda, que poderá ser sentida na noite desta sexta-feira, quando Michael Jordan irá enfrentar o Chicago Bulls.

Entre os duelos, esse é talvez o mais esperado nesta volta de MJ à NBA. Enfrentar o time que o revelou, que o transformou no maior mito da história do basquete. A recíproca também é verdadeira. Afinal, o que é o Chicago Bulls sem Jordan? Nada.

O jogo só não é tão dramático porque acontece em Washington. Quando Jordan voltar a Chicago, agora com a camiseta azul, aí sim será um choque. Entrar no ginásio que o homenageia com uma estátua na entrada, com camisas espalhadas em seus salões, com dezenas de lembranças por todos os lados.

Jamais espere que a torcida de Chicago irá vaiar seu maior ídolo. Muito pelo contrário. Irá torcer por ele. Jordan só não ficou mais tempo na cidade devido a desentendimentos com os dirigentes do time. Esses sim, deveriam se esconder neste dia e nem aparecer no ginásio.

Todo o clima que envolve esse reencontro foi tratado com frieza por Jordan. Ele procurou ser o mais profissional possível nas declarações. Mas duvido que ele não sinta uma sensação de desconforto, de que algo não está no lugar certo. Só precisa tomar cuidado para não passar a bola para o jogador errado.

Apenas alguns minutos em quadra serão suficientes para Jordan se adaptar à nova realidade. Não terá Scottie Pippen por perto, nem Phil Jackson no banco de reservas. O Chicago da Era Jordan só existe hoje na memória de seus torcedores. O time real não passa de uma sombra do passado.

Nem é preciso lembrar que muitos ídolos do basquete trocaram de camisa e seguiram em frente. O último fato semelhante aconteceu quando Patrick Ewing deixou o New York Knicks. Com a camisa do Seattle Supersonics, teve uma recepção das mais emocionantes no Madison Square Garden.

Não existe o mínimo sentimento de traição, que poderia ser levado em conta caso Pelé vestisse a camisa da Argentina. Esse tipo de rivalidade está muito longe da NBA, onde o espetáculo está acima de tudo. Acredito até que o fãs de Jordan, antes torcedores do Chicago Bulls, também irão trocar de lado esta noite. E uma dica: a Directv transmite o jogo, a partir das 22h.

 

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