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Fernando Santos
Quinta-feira, 27 Dezembro de 2001, 14h31
terraesportes@terra.com.br

O Senhor dos Anéis


Um time desmantelado, sem um de seus principais jogadores, e com a outra estrela debilitada, se arrastando pela quadra. Mesmo assim, foi capaz de tirar uma diferença de 13 pontos no início do quarto período e vencer a partida. Como? A explicação está no banco de reservas.

Sob o comando de Phil "Magic" Jackson, o Los Angeles Lakers conseguiu na última terça-feira mais do que uma vitória, um feito histórico. O triunfo aconteceu na revanche da decisão do último título da NBA, contra o Philadelphia 76ers. Um Lakers sem Shaquille O'Neal (dedão machucado) e com Kobe Bryant lesionado, com dores lombares e costelas semi-quebradas.

O vice Philadelphia estava inteiro, com todos os seus jogadores premiados na última temporada: Allen Iverson, o MVP; Dikembe Mutombo, o melhor jogador de defesa; Aaron Mackie, o melhor 6º homem; e Larry Brown, o melhor técnico (?). Mais uma vez, nada disso foi suficiente e o 76ers sofreu a quinta derrota consecutiva para o Lakers desde a decisão em junho.

Qual o segredo? A resposta é a mágica de Jackson. A liga pode eleger Larry Brown como o melhor técnico, mas não há dúvida de que nenhum treinador hoje em dia é mais capaz do que Phil. Ou como explicar não só a vitória de terça-feira, como os dois títulos consecutivos na NBA?

É bom lembrar que antes de Phil Jackson deixar a aposentadoria em Montana, o Lakers tinha, no papel, um time melhor do que o atual. Além de contar com Shaq e Kobe, a equipe de Los Angeles tinha jogadores como Nick Van Excel e Eddie Jones. Os dois, hoje, vivem quase no ostracismo, pagando seus pegados no Denver Nuggets e no Miami Heat, respectivamente. Naquela época, há três anos, o Lakers tinha também o pivô Elden Campbell, agora no Charlotte Hornets.

O'Neal, Bryant, Van Excel, Jones e Campbell. Um senhor time, mas incapaz de conquistar um título, nem mesmo da Conferência Oeste. Foi preciso que Phil Jackson assumisse o controle para dar o seu toque mágico. Como na noite de terça, quando comandou, por duas vezes, a reação que buscou uma diferença superior a 10 pontos. Um esforço que parecia impossível. Menos para ele.

Jackon anulou Iverson com uma marcação eficiente: um homem na sobra, sem necessariamente ser uma marcação dupla. Isso também tirou o epaço dos demais arremessadores. E Mutombo, como é costume, pouco pôde fazer no garrafão ofensivo, memo sem a marcação de O'Neal. O grande trunfo foi a estratégia de manter Bryant em quadra. Quase inoperante no ataque, até os instantes finais, Kobe atraiu a marcação dupla. Touchê! Foi então que os arremessadores de três ficaram livres, não só para tirar a diferença, como também para conduzir a equipe à vitória.

E quando Larry Brown se deu conta da armadilha, veio o golpe fatal: ao tirar a marcação dupla de Bryant, o ala despertou nos instantes finais. Toda a energia poupada durante a partida explodiu no derradeiro e decisivos minutos, quando o Lakers sufocou o 76ers e garantiu a vitória e recuperou o primeiro lugar em toda a liga (graças à derrota do an Antonio para o Milwaukee).

Foi acima de tudo uma demonstração de que o Lakers não é o time de Shaq, nem muito menos de Bryant. É de Jackson, o segundo técnico com mais títulos na história na NBA, o nº 1 na atualidade. Já são oito anéis de campeão. E se a magia persistir, faltarão dedos para ostentar todas as suas conquistas.

 

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