Mais do que a vantagem de 2 a 1 na série final, o Vasco conquistou um
importante trunfo na decisão contra o Flamengo. A equipe ganhou o fator
psicológico, com a reação na derrota do jogo 2 e a vitória folgada no jogo
3. Está, assim, muito perto de faturar o título neste domingo.
A vantagem psicológica dá ao Vasco tranquilidade, segurança e confiança
nesta série. Um ganho bastante significativo, talvez até fundamental, numa
disputa marcada pelo equilíbrio. Com dois times equivalentes, a cabeça pode,
e deve, fazer a diferença.
O time do técnico Hélio Rubens começou a ganhar esta vantagem mental ao
tirar uma diferença de 21 pontos na partida da última terça-feira. Não fosse
um erro da arbitragem, no último segundo, teria ao menos levado o jogo para
a prorrogação. Mesmo com a contestada derrota, o time deixou a quadra
"vitorioso".
Esse sentimento ajudou muito o Vasco nesta sexta-feira. A equipe
impediu que o Flamengo voltasse a abrir boa diferença no placar no início e
manteve a partida equilibrada até o intervalo. No segundo tempo, a equipe
vascaína conseguiu impor seu jogo e logo abriu vantagem. E o Flamengo não
soube reagir, terminando 11 pontos atrás (chegou a estar perdendo por 15).
Um Vasco capaz de buscar 21 pontos, e um Flamengo que sucumbiu pela
metade (ou quase). Assim está a decisão no Rio, a ponto de definir o seu
campeão neste domingo. O técnico Miguel Ângelo terá a função de reverter
esse quadro. Muito mais do que acertar os erros dentro da quadra, ele terá
de recuperar a confiança e a motivação de seus jogadores, que deixaram o
Maracanãzinho completamente abatidos na noite desta sexta-feira.
Por outro lado, cabe a Hélio Rubens evitar o famoso salto alto,
símbolo de uma suposta euforia exagerada pela atuação nos dois últimos
jogos. O Vasco precisa se conscientizar que a decisão ainda não terminou.
Porque uma vitória do Flamengo neste domingo irá reverter a vantagem
psicológica para o quinto e decisivo jogo.