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Fernando Santos
Terça-feira, 11 Dezembro de 2001, 22h52
terraesportes@terra.com.br

Oscar e o juiz


São anos e anos de cestas e reclamações. É difícil, nos arquivos, encontrar uma partida de Oscar onde ele não tenha reclamado da arbitragem. Na segunda final da decisão do Carioca, desta vez ele não teve o que questionar. Pelo contrário, deve agradecer a mão amiga dos juízes

Uma falta inexistente apontada em Helinho sobre Ratto, no último segundo, com a partida empatada, deu a vitória ao Flamengo. O resultado, de todo modo, não foi injusto, em razão do banho de bola que a equipe rubro- negra deu no primeiro tempo, quando chegou a ter 21 pontos de vantagem.

Injusta foi a maneira como o Vasco perdeu. Após chegar ao empate, numa reação histórica, não merecia mesmo perder dessa maneira. Seria melhor que Ratto tivesse acertado o arremesso ave-maria com o relógio a ponto de soar o final da partida. Doloroso foi perder um jogo vendo o adversário arremessando lances livres de uma falta inexistente, de faltas-técnicas motivadas pela revolta, sem ao menos ter como reagir. Foi como uma execução sumária.

E o que disse Oscar? Nada. Calou-se. Aceitou o erro da arbitragem, porque desta vez foi a seu favor. Imagine se fosse o contrário: a choradeira seria enorme, como já aconteceu centenas de vezes. Na altura de sua experiência, o veterano cestinha deveria se aliar ao Vasco e rejeitar, desde já, arbitragens como essa.

Helinho, ao final da partida, tinha razão em cobrar juízes competentes. Afinal, não foi apenas no lance crucial que o apito falhou. Pouco antes, Charles Byrd invadiu para o garrafão quando foi atropelado por Aylton. A marcação, equivocada, foi de falta de ataque.

Com a final empatada, é hora de Vasco e Flamengo deixarem a rivalidade de lado e assumirem uma posição conjunta: exijam uma arbitragem isenta e correta. Do contrário, o que aconteceu nesta terça-feira pode se repetir no próximo jogo.

E se o Flamengo está mesmo disposto a ganhar o título, precisa rever também a situação de Oscar. Ele não pode ficar em quadra o tempo todo. Além de não ter pernas para isso, desgasta-se de uma tal forma que perde o braço nos instantes finais.

Oscar falhou dois arremessos fáceis em momentos decisivos, justamente pelo cansaço. Seria melhor se o cestinha fosse poupado durante o jogo, guardando energias para o final. O Flamengo tem jogadores jovens que podem se desdobrar no início da partida, com a intenção de ter seu melhor jogador nos instantes finais.

Com Oscar cheio de gás, as chances do Flamengo crescem. Mas isso não é tudo. O fator arbitragem pode ser mais importante do que uma pontaria afiada. Algo que Oscar sabe muito bem.

 

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