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Fernando Santos
Sexta-feira, 02 Novembro de 2001, 07h50
terraesportes@terra.com.br

A verdadeira estréia


Esqueça a partida contra o New York Knicks. Jordan fez sua (re)estréia na NBA nesta quinta, dois dias após o primeiro jogo do Washington Wizards na temporada. Arremessos precisos, infiltrações, enterradas e até a sua marca registrada: um vôo por baixo da tabela, no melhor estilo Air Jordan. Esse sim é o rei do basquete!

Na derrota diante do Knicks, Jordan esteve muito abaixo do que se esperava dele. Alguns internautas não gostaram da afirmação de que Michael decepcionou na sua primeira partida desde a aposentadoria. Mas de quem mais pode-se exigir um basquete de primeira linha?

O próprio Jordan reconheceu após o jogo no Madison Square Garden que havia ficado longe da expectativa. A cobrança existe porque ele pode render muito mais. E não deu outra. Como era de se esperar, Jordan foi um jogador completamente diferente nesta sua segunda partida, pressionado ainda mais pela sua rigorosa auto-avaliação.

Não só mudou a disposição, como o estilo. A começar pela sua colocação em quadra. Jordan deixou de lado a armação, como fez contra o Knicks. Contra o Atlanta Hawks, ele passou a jogar mais agressivamente, como um verdadeiro ala. Buscou espaços para os arremessos, partiu para a cesta, fez lembrar o bom e velho Jordan.

É verdade que o Atlanta é uma equipe bem inferior ao Knicks. Principalmente na defesa. Raramente Jordan recebeu marcação dupla do Hawks. Pode ter sido uma falha de orientação. Ou talvez uma maneira da equipe de agradar à torcida, que lotou o ginásio não para torcer pelo time da casa, mas para ver Jordan.

Aqui, um pequeno parêntese: não está fácil para alguns times convencer a torcida a ir ao ginásio. Veja o caso do Detroit Pistons. A equipe, já neste início de temporada, começa a fazer uma verdadeira liquidação: compre dez ingressos pelo preço de oito. É mole?

Voltando a Jordan. Mais agressivo, e diante de uma marcação mais frágil, não foi difícil ser o destaque do jogo. Logo no primeiro tempo ele já tinha 19 pontos, os mesmos que havia marcado em toda a partida contra o Knicks. Terminou com 31, atuação, essa sim, digna de um astro.

Além da nova atitude, Jordan também estava mais comunicativo. Leia-se mandão. Ele falou exaustivamente com seus companheiros e, principalmente, com o técnico Doug Collins. Em alguns momentos, dava a nítida impressão de que era ele quem estava passando instruções ao treinador...

Ao final, a torcida de Atlanta aplaudiu a bela atuação de Jordan que, agora, pode se considerar de volta ao mundo da NBA.

 

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