CAPA ESPORTES
 Últimas
 Resultados
 Esportes TV
 Esportes Show
 Imagem
 Papel de Parede
 Calendário 2001
 Notícias por e-mail
 Chance de gol
 Futebol
 Fórmula 1
 Automobilismo
 Tênis
 Basquete
 Vôlei
 Surfe
 Aventura
 Mais esportes
 Colunistas
 Especiais
 Fale com a gente



 Compras



Fernando Santos
Quarta-feira, 31 Outubro de 2001, 12h22
terraesportes@terra.com.br

Jordan decepciona


Se o rei reapareceu em Nova York, a corte continua em Los Angeles. Enquanto Jordan tinha uma reestréia tímida, fria e até decepcionante, o Lakers foi completamente diferente: mostrou logo na primeira rodada da temporada 2001-2002 que é a equipe com o melhor arsenal para conquistar o título.

No Madison Square Garden, Michael esteve longe do jogador que reinou na liga na última década. Raros foram os momentos em que lembrou Air Jordan. Pelo contrário, teve momentos de air ball. Mas nada surpreendente para uma estréia, ainda mais para quem ficou três anos afastado e está perto de completar 39 anos.

Os companheiros do Whasington Wizards até que colaboraram. O time chegou a uma vantagem de 14 pontos na metade do segundo período. Manter essa diferença, isso sim, é exigir demais. O Knicks demorou a se adaptar às novas regras, principalmente para fazer a marcação dupla sobre Jordan, agora facilitada pela liberação da defesa por zona. Quando isso aconteceu, no segundo tempo, Michael teve problemas (só acertou dois de oito arremessos) e a derrota passou a ser questão de tempo.

Em nenhum momento Jordan mostrou sinal da sua velha explosão. Não tentou nenhuma enterrada, não puxou nenhum contra-ataque. Havia quem esperasse que ele atuasse em outra posição, até como um ala de força. Mas não. Jordan passou a maior parte do tempo jogando como armador, procurando poupar sua energia da melhor forma possível. Seu melhor lance foi uma bela assistência, da quadra de defesa. Um sinal de que algo ainda pode acontecer no futuro.

O desentrosamento do Wizards era nítido. Com a marcação dupla, Jordan procurou agir nas assistências. Mas seus companheiros falharam na maioria dos lances. Essa é uma saída que deve ser usada constantemente pelo Washington. Afinal, o Kincks não precisou de muito tempo para descobrir que o caminho da vitória era gastar suas forças defensivas em Jordan. E que a natureza se encarregaria do restante do time.

A maior decepção ocorreu nos instantes finais. Com um ponto atrás do placar, Jordan falhou uma assistência a um minuto do final. A 30 segundos do fim, três pontos atrás, teve a chance do empate, com um arremesso sem marcação, e também errou. Era clara sua decepção ao final do jogo. Pois era para isso que ele voltou: para brilhar nos momentos decisivos.

Se Jordan vai recuperar a sua velha forma, isso só o tempo dirá. Pela sua vontade e instinto vencedor, é bem provável que essa estréia logo será esquecida. Restam ainda 81 jogos pela frente.

Algo bem diferente ocorreu em Los Angeles. O Lakers mostrou que merece com tod0a justiça o seu bicampeonato, e tem total capacidade para chegar ao tri. Um ataque que, além de Shaquille O'Neal e Kobe Bryant, ainda tem uma outra série de opções. Todas comandadas por um gênio: Phil Jackson.

Essa pode ser a principal arma do Lakers na temporada. As novas regras estão mudando o basquete da NBA. No jogo Knicks x Wizards, a marcação por zona mostrou-se embolada, confusa. Já o Lakers soube explorar muito bem a dupla marcação sobre Shaq ou Kobe, girando a bola na entrada do garrafão. Havia sempre alguém livre para o arremesso. E esse alguém sobra no Lakers: Fox, Horry, Hunter (ótima estréia), Richmond... Não foi à toa que o time chegou a ter 17 pontos de vantagem sobre o Portland Trail Blazers no segundo período.

A tática dos triângulos de Jackson tem tudo para dar certo e predominar cada vez mais. Sem falar em Shaq, absoluto no garrafão (29 pontos e 18 rebotes) e Kobe (também com 29 pontos). Uma demonstração clara de onde fica o atual reinado da NBA.

 

veja lista das últimas colunas

Coluna do Internauta Wanderley Nogueira Juarez Soares
Marcos Caetano Fernando Santos