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Fernando Santos
Terça-feira, 21 Agosto de 2001, 10h35
terraesportes@terra.com.br

Rambo fajuto


Onde será que os EUA foram achar esse bando de jogadores, que mal serve para disputar uma pelada nas quadras de cimento do Parque do Ibirapuera? Tinha até um tal de Rambo, que disparou 16 pontos na insegura defesa brasileira.

Se fosse para jogar com um time desses, era melhor que os yankees ficassem em casa. Afinal, já estão classificados para o Mundial de 2002, em Indianápolis, e nada têm a fazer na Argentina. A não ser colecionar vexames, se depender do desempenho de ontem.

O Brasil não tem nada com isso e fez uma partida correta. Partiu para cima e não se deixou levar pelo ar de superioridade, que poderia ter comprometido a tranqüila vitória por 38 pontos. Isso mesmo, 38 pontos de vantagem sobre os EUA!

Talvez o técnico Hélio Rubens exalte exageradamente o resultado. Ele pode se gabar de ter vencido os norte-americanos duas vezes seguidas. A primeira, no Pan de Winnipeg, um título respeitado, mas que não pode ser tão valorizado como gosta de fazer a Confederação Brasileira de Basquete. Afinal, vale refrescar a memória pelas últimas participações do Brasil em Mundial e Olimpíadas. Bem, a Sydney, nem viajou...

Para o Brasil, a vitória significou um passo importante para buscar uma das cinco vagas em jogo para o Mundial. O time ganha confiança, como já vinha ocorrendo desde a campanha no Torneio Super Four. Mais uma vez, o destaque brasileiro foi o ala Marcelinho, com 31 pontos. Ele deve mesmo se tornar a principal opção ofensiva da equipe. É o mínimo que se espera de alguém que almeja chegar à NBA.

A vitória desta quinta-feira foi tão fácil que os pivôs brasileiros passearam no garrafão dos EUA. Um festival de enterradas, de todos os tipos, desde a ponte-aérea até no "reverse". O torcedor menos avisado poderia imaginar que as seleções estavam de camisetas trocas.

O que preocupou mais foi um velho problema na defesa: o Brasil ainda permite ao adversário muitos arremessos e cestas de três pontos. É algo que Hélio Rubens tem procurado consertar, mais ainda não conseguiu.

É importante que o Brasil não deixe o resultado subir à cabeça. Foi apenas o primeiro passo, importante, mas que pode se transformar num tropeção se os jogadores acharem que terão a mesma moleza pela frente. Afinal, os demais adversários estão na mesma situação: concorrendo à classificação para o Mundial. Todo cuidado será pouco. Ao menos, o Rambo não assusta mais.

 

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