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Fernando Santos
Terça-feira, 24 Julho de 2001, 20h18
terraesportes@terra.com.br

Sugestão angelical


Toca o telefone. É o guitarrista André Christóvam, bluesman de primeira, amigo entre outros de B.B. King e Buddy Guy. Nós nos conhecemos há quase 20 anos, desde a primeira vez que decidimos um torneio de botão. Como em outras tantas ligações, ele pergunta por antigas escalações para um time muito especial: o de seu primeiro filho.

A cegonha deve chegar em outubro. André, que ainda não sabe se o herdeiro será menino ou menina, quer presentear o pimpolho com um time nostálgico, como a seleção brasileira de 1958 ou a de 1970. Minha sugestão é bem diferente: por que não gravar nos botões os nomes dos jogadores do Los Angeles Lakers, atuais bicampeões da NBA?

Parece uma sugestão incomum. Mas pode ter certeza que não. Eu, por exemplo, jogo há anos com um time do San Francisco 49ers. E se é para começar bem, está aí o Lakers de Shaquille O'Neal e Kobe Bryant. Ou existe algum time de futebol no momento, principalmente no Brasil, que mereça ser imortalizado num time de botão?

Mas não é fácil convencer um dos mitos brasileiros da guitarra. André conta que chegou a assistir a um jogo do Lakers, no início dos anos 80. "Fui um privilegiado: vi Magic Johnson, James Worthy e Kareen Abdul-Jabbar. Mas se nem aquele time me fez torcer pelo Lakers, não será o atual que irá me fazer mudar de idéia".

O gosto pelo blues pode levar o internauta a pensar: bem, esse André Christóvam deve torcer pelo Chicago Bulls, time de uma das mecas do gênero musical. Engana-se. Ele é, ou era, fã do Boston Celtics, que hoje vive apenas na memória de seus torcedores. Faz sentido. Afinal, o guitarrista também torce pelo Santos, que como o Boston virou peça de museu.

Alguém poderia sugerir algum time nacional de basquete para os botões do primeiro filho de André? Talvez, tirando Franca, será difícil encontrar algum. Afinal, nos últimos anos, o nosso basquete virou vitrine de patrocinadores. Se tivesse que escolher, não teria dúvida: mandaria gravar a seleção feminina da geração do ouro do Pan em Havana, campeã mundial em 94 e prata olímpica em 96, de Paula, Hortência & Cia. Esse, com certeza, seria um time de botão único!

Mas ainda prefiro a opção do Lakers. Afinal, o bebê precisa nascer com o que há de melhor no momento. Talvez, quando crescer, ele poderá ter uma geração que possa figurar em seus futuros botões. Não apenas de jogadores de futebol, mas de jogadores de basquete, pois a atual safra (de ambos os esportes) ainda está longe de merecer tamanha honraria.

 

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