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Fernando Santos
Sábado, 21 Julho de 2001, 15h39
terraesportes@terra.com.br

Show dos milhões


Ainda há quem acredite que a NBA está em crise. Crise de talento, talvez. Mas jamais em crise financeira. Do contrário, os agentes bancários não estariam tendo tanto trabalho nos últimos dias, devido aos novos contratos que estão fazendo concorrência a Wall Street.

US$ 123 milhões para Chris Webber permanecer por pelo menos mais sete anos com o Sacramento Kings. Nada mal para um jogador que nunca conseguiu um título, mas tem enorme potencial. E o seu time não está mesmo para brincadeira: gastou mais US$ 48 milhões para segurar o ala Doug Christie, exímio arremessador durante a temporada, mas que amarelou nos playoffs.

O dinheiro está mesmo sobrando na NBA. Dikembe Mutombo acaba de levar US$ 65 milhões para renovar com o Philadelphia 76ers. E Allan Houston negocia um novo contrato com o New York Knicks por cerca de US$ 100 milhões pelos próximos seis anos.

Os veteranos também estão aproveitando a maré. Como é o caso do pivô David Robinson, cada vez mais distante da forma que o levou a ser MVP da liga. Vai embolsar US$ 20 milhões nos próximos dois anos para manter as Torres Gêmeas em San Antonio, ao lado de Tim Duncan.

Tanto dinheiro mesmo com a implantação da nova política salarial, que cobra um dólar para cada dólar que passar do limite salarial de US$ 42 milhões por equipe. A NBA inventou essa regra com a esperança de segurar a explosão dos salários. Mas o máximo que está conseguindo é limitar as propostas salariais aos jogadores.

Com a nova regra, os times estão evitando grandes contratações para não serem "multados". Até a última sexta-feira, apenas três equipes estavam acima do teto salarial: Dallas Mavericks e Portland Trail Blazers, times dirigidos por multi-milionários, e o New York Knicks.

Isso ajuda a explicar porque os times não fizeram contratações de impacto. O máximo que conseguiram foi renovar os contratos, oferecendo a seus jogadores o maior valor dentro da nova política salarial. Para a NBA, isso já é um grande passo, pois ajuda as equipes a ganhar confiança de seus torcedores, criar raízes.

Por outro lado, nasce o mercado das barganhas. Jogadores em final de carreira são os que mais movimentam as negociações. Como fez o Orlando Magic, trazendo os veteranos Patrick Ewing e Horace Grant. O bicampeão Los Angeles Lakers também entrou nessa ao acertar com o armador Mitch Richmond, seis vezes no All-Star Game, pela bagatela de US$ 1 milhão.

Com tantos milhões, a NBA ainda está à espera do maior lance desta temporada de contratações: o anúncio oficial da volta de Michael Jordan. Quando deixou a NBA, há três anos, ele negociava com o Chicago Bulls um contrato que poderia ultrapassar US$ 40 milhões, por apenas uma temporada. E agora, quanto o Washington Wizards irá desembolsar para ter o rei em quadra?

 

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