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Fernando Santos
Sábado, 14 Julho de 2001, 09h14
terraesportes@terra.com.br

A resposta de Paula


Recebo da ex-jogadora Paula mensagem a respeito da coluna anterior, onde critiquei a viagem que ela fez a Brasília em busca de recursos para o Centro Olímpico do Ibirapuera, em São Paulo. Diz que foi pedir ajuda para um projeto infanto-juvenil e admite que está aprendendo sua nova função, agora como administradora esportiva. A seguir, o e-mail enviado no último dia 12:

"Eu nem tinha lido a sua coluna, quem me chamou a atenção para os seus comentários foi a minha mãe, já que ela é uma internauta e utiliza o provedor Terra. Respeito a sua opinião e acho muito importante cada um ter a sua. Você, como bom jornalista, sabe muito bem que jornal escreve o que quer, então, seria interessante, quando você resolve falar de alguém, ligar para a pessoa e saber o que é verdade ou não. Você deveria ter perguntado o que fui fazer em Brasília, pois este é seu papel como jornalista. Sei muito bem das minhas limitações, sei que ainda tenho que caminhar muito para chegar a ser uma grande administradora, principalmente sem orçamento. Mas eu chego lá!"

"Jamais sairia de São Paulo para mendigar o que quer que seja, mesmo porque não preciso do salário que tenho hoje administrando o Centro Olímpico (esta fortuna). Felizmente eu soube administrar o que consegui com muito sacrifício no esporte, posso viver tranqüilamente, sem ter que mendigar nada a ninguém. O que quero atualmente é trabalhar com os jovens. O Sr. Ministro esteve visitando o Centro Olímpico e se comprometeu estar ajudando, mas era necessário um projeto para tal. E foi isso que eu fui fazer em Brasília. Se eu usei o dinheiro do povo para pagar as passagens, também tenho parte neste pagamento, porque também sou povo e pago os meus impostos."

"Te convido para visitar o Cento Olímpico e conhecer o trabalho que estamos realizando nestes seis meses. Quanto a minha administração, acredito na minha inteligência e potencial, sei que tenho muito que aprender. E é isso que fazemos nesta vida, aprender."

"Um abraço!

Paula (Diretora do Centro Olímpico)"

A coluna ("Acorda, Paula") alertava a ex-jogadora sobre a inutilidade de ir a Brasília. O governo nada faz pelo esporte, a não ser enviar mensagens para os atletas que conseguem trunfos pelo esforço próprio. Ainda acredito que se Paula precisa de ajuda deve pedir ao Comitê Olímpico Brasileiro, ainda mais agora, com a aprovação do projeto de lei que deve render pelo menos R$ 40 milhões anuais das loterias. E, ainda mais, em se tratando de recursos e projetos para um Centro Olímpico.

Como todos os esportistas, estamos torcendo para que Paula tenha como administradora o mesmo sucesso que teve como jogadora. Só precisa ter cuidado para evitar cair nos velhos erros que atolam o desenvolvimento do esporte neste país. E um deles é acreditar no governo. O Brasil necessita mesmo de grandes dirigentes. Paula, estamos mesmo torcendo para você. Pode ter certeza disso.

 

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