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Fernando Santos
Segunda-feira, 09 Julho de 2001, 18h00
terraesportes@terra.com.br

Acorda, Paula!


Paula e Hortência sempre foram sinônimos de basquete no Brasil. Hoje, fora das quadras, elas se aventuram por um mundo bem mais complicado do que na época em que desafiavam a dura marcação cubana ou a habilidade das norte-americanas. E como dirigentes ainda têm muito o que aprender.

Hortência já comprovou a sua incompetência administrativa. Ela declara que o basquete feminino está acabando no Brasil. Justamente ela, uma das principais colaboradoras do modelo falido que corrompeu todas as estruturas do esporte.

Essa história de buscar patrocinadores para apenas estampar o nome nos uniformes é mais do que furado. Está provado que é apenas uma medida paliativa. O próprio Paraná de Hortência está para fechar, com o corte dos recursos do governo paranaense. A mesma situação vive a maioria dos clubes brasileiros, como o Franca, que acaba de perder o patrocínio da Marathon, como foi antecipado nesta coluna.

Há muito tempo Hortência vive como um vampiro desse sistema, sugando o máximo que pode dos patrocinadores. Agora, descobriu que tudo o que fez não adiantou muito. É preciso começar de novo, do zero. Por que não apostar no esporte universitário? É possível que não tenha o mesmo retorno financeiro, mas fica aqui uma modesta sugestão.

Na mesma situação está Paula. Como administradora do Centro Olímpico de São Paulo, ela está descobrindo que a tarefa é mais árdua do que imaginava. E, como Hortência, também está indo pelo caminho errado.

Na semana passada, Paula e a secretária municipal de esportes, Nádia Campeão, foram mendigar recursos em Brasília. Bateram na porta errada. Afinal, o que o governo federal faz pelo esporte? Absolutamente nada. As duas jogaram fora o dinheiro do contribuinte na compra das passagens aéreas.

Se Paula quer levar a sério o projeto do Centro Olímpico, ela deve pegar a ponte-aérea e ir para o Rio de Janeiro. É lá, na sede do Comitê Olímpico Brasileiro, que estão os recursos. O COB acaba de receber uma bolada de R$ 40 milhões por ano das loterias esportivas, de acordo com projeto de lei recém-aprovado.

Insistir com o governo é perda de tempo. O máximo que o governo faz é enviar telegramas demagógicos para cumprimentar atletas que conquistam façanhas, às custas do esforço próprio. Se o Centro Olímpico do Ibirapuera quer ter algum papel importante na formação de atletas, o único caminho é pedir socorro ao COB, que agora está, literalmente, nadando em dinheiro.

 

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