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Fernando Santos
Domingo, 29 Abril de 2001, 14h42
terraesportes@terra.com.br

Além do fundo do poço


O que mais falta ao basquete brasileiro? Não bastasse a falência dos clubes, agora é a vez da Confederação Brasileira passar o pires, com a perda de seu principal patrocinador. E, para completar, a pancadaria em Londrina mancha ainda mais o que sobrou da reputação desse esporte.

Já ouvi alguém alguém dizer que pior do que está não pode ficar. Mas, a cada dia, acredito menos nesta afirmação, que poderia ser até encarada como um ato de otimismo. Difícil é acreditar onde o basquete ainda pode chegar. Porque, do fundo do poço, já passou faz tempo.

É surpreendente a maneira como a CBB reagiu ao corte do patrocínio da Caixa Econômica Federal, que trocou o basquete pelo atletismo. Ora, essa situação vem se repetindo nos principais clubes do país, no masculino e no feminino, e não é de hoje. Times sem dinheiro nem para pagar um lanche após a partida. Salários, então, viraram artigo de luxo. O que mais se ouve hoje em dia são reclamações de pagamentos em atraso. Só no Flamengo são pelo menos cinco meses sem ver a cor da grana. A direção da CBB assistia a tudo como se nada estivesse acontecendo. Do pedestal, considerava como se o problema fosse apenas dos clubes. "Eles que se virem", deve ter sido o comentário entre a cartolagem. Até que a dor bateu no bolso da Confederação. "Meu Deus, o que vamos fazer agora?", devem estar se perguntando os gênios que comandam o nosso basquete.

A situação era bastante previsível. Há muito que se cobra uma posição da CBB, uma medida de socorro não aos clubes, mas à estrutura do basquete brasileiro. Não se pode continuar do jeito que está. E o pior é que ninguém se mexe. É um poço sem fundo!

E enquanto assistimos à decadência do basquete brasileiro, aproveitamos para ficarmos ainda mais chocados graças à selvageria no final da partida entre Flamengo e Londrina. Lances acrobáticos, arremessos precisos, belas enterradas? Nada disso. De acrobático, só as voadoras. Arremessos, só de cadeiras. E enterradas, só se for na cara do adversário.

E o que faz a CBB? Até o momento em que era escrita esta coluna, na tarde de sábado, nenhuma punição havia sido anunciada. Aliás, é o que mais se faz na CBB: nada.

 

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