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Fernando Santos
Sexta-feira, 27 Abril de 2001, 17h08
terraesportes@terra.com.br

Super Shaq


Que me desculpem os fãs de Allen Iverson e Tim Duncan, mas nenhum jogador da NBA, hoje, é melhor do que Shaquille O'Neal. Ele tirou alguns meses de férias no início da temporada, mas agora voltou a demonstrar o instinto demolidor que o levou a todos os títulos a seu alcance na temporada passada.

Azar do Portland, que em dois jogos na primeira rodada dos playoffs pôde comprovar a força de Super Shaq. Ele não é apenas um pivô de finalização. É intimidador, não apenas na defesa, mas principalmente no ataque. Marcação dupla já não é mais suficiente. Três podem até atrapalhar. Mas O'Neal está atingindo um nível antes inacreditável para um jogador tão alto e forte.

Para completar, Shaq tem à sua disposição um gênio da estratégia, o técnico Phil Jackson. Esta coluna já foi cética quanto à capacidade do treinador, que antes vivia da fama de conviver e triunfar ao lado de Michael Jordan. Hoje, porém, é preciso tirar o chapéu para ele.

Phil Jackson desmontou toda a estratégia do Portland. Trocas constantes de bola na linha dos três pontos confundem toda a marcação. Com dois ou até três defensores em cima de Shaquille O'Neal, sempre sobra alguém livre para o arremesso. Foi assim com Derek Fisher no primeiro jogo da série, e com Rick Fox no segundo.

Os coadjuvantes brilham à sombra de Shaq. Sem o super-pivô, nada dessa estratégia seria possível. O'Neal está se especializando na arte das assistências. Passes que deixam os companheiros em condições excelentes para o arremesso ou mesmo para a infiltração no garrafão.

E como não bastasse, Shaq está se movimentando com extrema rapidez. O grandalhão Arvydas Sabonis, com os joelhos desgastados, não tem a mínima condição de acompanhar o astro do Lakers. Os outros jogadores do Portland, um time fragmentado por crises internas, parecem não ter o menor sentido de colaboração. O que permite a Shaquille reinar absoluto.

Não foi à toa que o Lakers abriu 20 pontos de vantagem no primeiro jogo e chegou a 30 no segundo. Para piorar, o técnico Mike Dunleavy voltou a comprovar sua fama de pateta. Ele está desprezando nesta série a única jogada que o Lakers não consegue marcar: as penetrações de Rasheed Wallace. Na quinta-feira, o ala-pivô raramente foi acionado na jogado homem-a-homem contra Horace Grant ou Robert Horry.

Esse tipo de confronto foi decisivo no ano passado, na final da Conferência Oeste. Wallace demoliu com A.C. Green. Mas quando o Portland passou a variar jogadas com Scottie Pippen e Steve Smith, perdeu a série. É exatamente o que está acontecendo agora.

O Portland tem a chance de diminuir o vexame com dois jogos em casa. Precisa vencer para voltar a Los Angeles e tentar a virada histórica. Mas diante de um Shaquille O'Neal soberbo, o Blazers poderia começar a testar fórmulas para não passar pelo mesmo vexame no próximo campeonato. Para segurar o Lakers e Shaq, só mesmo as torres gêmeas de San Antonio. Tim Duncan e David Robinson são os únicos capazes de evitar o segundo título consecutivo da equipe de Los Angeles.

E, se ainda há tempo, aqui vai um voto para o bi de Shaq na corrida pelo prêmio de MVP.

 

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