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Fernando Santos
Segunda-feira, 05 Março de 2001, 16h53
terraesportes@terra.com.br

Paran'água


Como diriam os funkeiros curitibanos, tá tudo errado com o time do Paraná. Não há mocinhos nem bandidos, só um festival de trapalhadas. A equipe, à beira da falência, nem mesmo deveria ter sido formada. Mas, já que foi, não pode deixar as jogadoras na mão deste jeito. É o basquete feminino brasileiro!

O governo do Paraná demorou para descobrir que tem coisas mais importantes para cuidar do que um grupo de esportistas de elite. É um dinheiro alto demais num país pobre como esse. Não é demagogia afirmar que os milhões investidos no time da ex-jogadora Hortência deveriam ser destinados a famílias muito mais carentes do que as atletas.

Se existe uma atividade que o governo deve incentivar é a prática esportiva, com escolinhas e formação básica. Tudo o que vier a mais, como acontece com o time do Paraná, é pura luxúria, é como atirar dinheiro pela janela. Os únicos beneficiados são os esportistas, que aproveitam para mamar nas tetas do Estado.

Mas também não está certo abandonar as jogadoras no meio do caminho. Se o acordo foi firmado, bem ou mal, ele deve ser cumprido até o final. Deixar as jogadoras desamparadas agora é mais uma prova da incompetência administrativa, que faz parte da cultura de nossos governantes. Portanto, não há o que estranhar.

O incrível é constatar a paralisia total dos dirigentes do basquete brasileiro. Não é só o Paraná que vive essa situação. O mesmo acontece com Vasco, Santo André e Jundiaí, para falar apenas das principais equipes do país. Principais e, talvez, únicas, porque o esporte que ganhou duas medalhas nas últimas olimpíadas está de pires na mão.

Não existe nenhum plano de salvação, nenhuma iniciativa por parte dos dirigentes. Eles continuam sentados em suas cadeiras, ainda acreditando que se trata de um esporte amador. Isso foi há décadas atrás. Mas o profissionalismo, de fato, ainda não existe. E quem sofre mais com toda essa baderna são as jogadoras. É o basquete, e o Paraná, dando com os burros n'água.

 

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