E o Telemig Minas conseguiu o previsto. Passou pelo Palmeiras e mantém a invencibilidade na Superliga Masculina, com 22 vitórias consecutivas, igualando a marca do Olympikus, na temporada 98-99.
É um recorde considerável, mas o time mineiro - querendo ou não - está sujeito à zona risco, a mesma que caiu o Olympikus naquela temporada. O time de Renan Dal Zotto era a sensação do campeonato e o Suzano, de Ricardo Navajas, - não poderia ter sido outro time na época - acabou com a invencibilidade e a chance de título do Olympikus na Superliga, em pleno Grajaú.
O tropeço surtiu algumas mudanças, principalmente para Renan. Ele deixou de ser técnico e mudou-se para Florianópolis, tornando-se dirigente. E a cena dos jogadores e comissão após a derrota foi lamentável, bem triste.
Hoje, a situação pode até ser diferente. O próprio Renan acredita que o Minas pode se dar melhor que o seu ex-time. Até concordo, pois o Telemig é um time coeso, com um conjunto bastante afinado, com o maestro Maurício em excelente fase.
Mais do que a técnica em quadra, a comissão técnica do Telemig tem que se preocupar com a cabeça dos jogadores, controlar a ansiedade e esse tal recorde de vitórias consecutivas. Senão...
Enquanto o Telemig segue à frente, Suzano e Vasco fizeram um jogo disputadíssimo em que o time de Ricardo Navajas acabou levando a melhor no tie-break. Um fato, porém, chamou a atenção durante a partida em Suzano. Navajas voltou à velha forma. Não poupou xingamentos a seus jogadores. Deve ser no grito mesmo que o Suzano consegue reverter situações.
Daniela Giuntini