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Fernando Santos
Sábado, 17 Fevereiro de 2001, 14h12
terraesportes@terra.com.br

Homem de palavra


A crise só não explodiu de vez no Vasco por uma única razão: Hélio Rubens. Um técnico respeitável e, acima de tudo, um homem de palavra. Do contrário, não só o basquete vascaíno, como o projeto olímpico do time carioca, já teria naufragado.

São meses e meses de salários atrasados, resultado do rompimento do acordo milionário entre o clube e o Bank of America. O pivô Vargas já arrumou suas malas e foi embora. Antes dele, Demétrius também se rebelou contra a política de não-pagamento. Outros jogadores, claro, também estão insatisfeitos.

Hélio Rubens está segurando uma barra pesada. Ele trocou um projeto de sucesso, em Franca, por um sonho à beira mar, que agora se transforma em pesadelo. O técnico é o pilar da estrutura imaginada pelo Vasco, para se tornar uma referência no esporte. Em troca deste sonho, o treinador resiste. Mas o que irá acontecer quando ele acordar?

Com um time em meio ao campeonato nacional e disputando também a Liga Sul-Americana, Hélio Rubens tenta salvar a nau vascaína. Mas a cada mês de salário atrasado, a situação torna-se mais insustentável. Talvez o técnico resista até o final dessas duas competições. Depois, sem a reestruturação do clube, será impossível, não só a sua permanência, como também a dos principais jogadores.

Como a crise não afeta apenas o Vasco, mas também o Flamengo, não será surpresa se o fluxo de jogadores se inverter. Ou seja, que São Paulo volte a receber os atletas que, anos atrás, saíram em busca do eldorado carioca.

Os jogadores, porém, encontrarão um cenário bem diferente. Os clubes paulistas também não estão tão bem assim, pelo contrário, o corte de despesas é a palavra de ordem. Para Hélio Rubens, reassumir o basquete de Franca também não é algo tão fácil assim. Daniel Wattfy, atual treinador, está em alta com a conquista do título paulista. E, com certeza, tem um custo muito menor do que o de seu mestre.

Achar um clube para Hélio Rubens, mesmo com a vaga preenchida em Franca, não deve ser problema. E ele também não tem tanta pressa assim, já que segue com o cargo de comando na seleção brasileira.

Quem está na pior é mesmo o basquete brasileiro. Clubes que se transformaram em esperança de renovação estão afundando. As meninas dependem de caridade, como a de Wanderley Luxemburgo em Jundiaí. Estamos de mal a pior. Mas ainda temos a palavra de Hélio Rubens. É uma esperança.

 

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