Era só o que faltava: Wanderley Luxemburgo, o homem que não sabe onde
guardou R$ 10 milhões, é o novo salvador da pátria do basquete paulista.
Acaba de socorrer o time de Jundiaí. E jura que não é uma jogada de
marketing. Se fosse, estaria desempregado como publicitário.
O que Luxemburgo precisa é prestar contas como cidadão, e não ficar
bancando o mecenas. Ele precisa explicar as dívidas com a Receita Federal, o
não pagamento de Imposto de Renda e a suspeita sobre a fortuna que foi
encontrada em suas contas bancárias, mas não declarada.
Que Luxemburgo tem dinheiro de sobra, a CPI já descobriu. Ele e
Karina são amigos há pelo menos 10 anos, desde quando o treinador dirigia a
Ponte Preta, mesma equipe que tinha um supertime de basquete, contando com a
própria Karina, mais Paula e Hortência. Portanto, nada de mais entre uma
ajuda feita de amigo para amiga.
Mas quem conhece Wanderley Luxemburgo sabe que ele não dá ponto sem
nó, como se costuma dizer no interior. É claro que ele está tentando limpar
a sua barra, melhorar a sua imagem, vaidoso do jeito que é. Tanto que nem
foi preciso perguntar a ele sobre isso, pois já soltou a resposta antes de
ouvir a questão: "Se alguém acha que faço isso por marketing, não posso
fazer nada".
Triste mesmo é a situação do basquete paulista. Além de estar
atolado na crise, ainda precisa viver de ajudas como essa. Como diria Boris
Casoy, "É UMA VERGONHA".