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Muro de Dunga divide moradores de condomínio em Teresópolis

2 jun 2015 - 15h02
(atualizado em 5/6/2015 às 15h47)
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Erguido na semana passada em uma das laterais da concentração da Seleção Brasileira na Granja Comary, um muro de pouco mais de 2 m de altura impede a visão dos campos de treinamento e divide a opinião de moradores de um dos condomínios vizinhos. A "Muralha do Dunga", toda de zinco, foi uma ideia do próprio técnico, a fim de evitar o assédio de torcedores durante as atividades de campo nesta semana em Teresópolis, onde a equipe se prepara para a Copa América.

Foto: Twitter/ CBF / Divulgação

"Tem gente a favor, mas há os que reclamam também", contou ao Terra o porteiro do Condomínio Gleba 8, Paulo Silva. Ele estava no mesmo posto no ano passado, durante a Copa do Mundo, quando muitas pessoas recorriam ao local para tentar ter acesso aos atletas. Embora haja uma tela de 1,5 m que separa a área do condomínio da do centro de treinamento, crianças e adolescentes chegaram a pular a cerca e invadir o gramado para abraçar os jogadores em 2014. Isso, claro, antes da goleada alemã de 7 a 1 no Brasil.

Muralha do Dunga! CBF limita acesso de torcedores à Comary:

"Depois daquela vergonha do ano passado, não estou nem aí. Tanto faz ter ou não o muro", disse uma moradora do condominio, que se identificou apenas como Regina.

A tela não foi retirada do local. Mas a CBF providenciou o muro provisório dentro de seu próprio terreno. Com isso, não vai ser possível que David Luiz e Thiago Silva, por exemplo, atendam a pedidos de selfies e autógrafos na área que fica do lado oposto à arquibancada montada para receber convidados e patrocinadores. No ano passado, eles eram dos mais requisitados pelos jovens torcedores e não se incomodavam em dar atenção aos que os chamavam de trás da tela do condomínio.

Seleção Brasileira chega à Granja Comary; veja imagens:

Nesta terça-feira, um carro da Polícia Militar vigiava a entrada do condomínio, na Rua Carlos Guinle. Entre 10h e 12h30, apenas dois "visitantes" pediram - em vão - autorização a Paulo Silva para que liberasse o acesso, na esperança de ver algum atleta de perto. Eles não sabiam da existência do muro de zinco.

Três dias após a publicação do artigo, a CBF entrou em contato com o Terra para informar que a colocação da proteção foi feita com aprovação do condomínio citado. Veja a nota divulgada pela entidade assinada pelo administrador do conjunto:

"Declaro para os devidos fins, junto à Confederação Brasileira de Futebol - Granja Comary, na qualidade de representante dos moradores do Residencial Gleba VIII-D, que após consulta ao conselho Deliberativo e Fiscal, ficou aprovado e colocação temporária, por parte da CBF e em sua propriedade, de gradil fechado (impedido a visão dos campos) de altura máxima de dois metros, desde que se mantenha a uma distância mínima de cinco metros da grade provisória entre a CBF e o condomínio, no período de 10 de maio a 10 de junho.

Ficou entendido que tal colocação visa preservar nosso patrimônio, tendo em vista que a presença da seleção Brasileira, neste período, poderá atrair um público inesperado e não autorizado a entrar em nossa propriedade."

José Ricardo Leal de Oliveira (administrador)

Fonte: Terra
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