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Com sete times, Paulista de Basquete Feminino começa com o desafio de manter atletas em segurança

Sem público nos ginásios, competição seguirá protocolo e envolvidos falam em adaptação ao novo normal

16 out 2020 - 08h10
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Com sete equipes, o Campeonato Paulista de Basquete Feminino começa nesta sexta-feira com o desafio de manter atletas, membros da comissão técnica e demais envolvidos em segurança em meio à pandemia do novo coronavírus. O torneio seguirá um protocolo elaborado pelas principais federações de esportes coletivos de São Paulo e aprovado pelo Comitê de Contingência da covid-19.

A Copa São Paulo, que se encerrou no último domingo e contou com participação de quatro times, foi o primeiro teste. As equipes estão seguindo determinações que vão do trajeto de casa para o clube, passando pelo material utilizado no treinos e jogos. As jogadoras, além de outros profissionais que trabalham nas equipes, foram submetidos aos testes da covid-19, que são repetidos periodicamente.

Vera Cruz Campinas foi campeão da Copa São Paulo e é um dos favoritos no Paulista
Vera Cruz Campinas foi campeão da Copa São Paulo e é um dos favoritos no Paulista
Foto: Divulgação / Estadão

Assim como aconteceu com o masculino, a Federação Paulista de Basquete não deu qualquer subsídio para que os testes fossem realizados pelos clubes filiados. Alguns times estão pagando do próprio bolso. O custo é de R$ 160 por exame em média. Outros conseguiram parcerias. A única obrigação exigida pela FPB é que o clube teste em caso de sintomas e informe sobre os casos positivos, afastando para isolamento domiciliar o infectado pelo período de 14 dias.

"Na Copa São Paulo já tivemos os protocolos de segurança por conta da covid e vimos que funcionou bem. É uma nova realidade no esporte e todos precisam se adaptar. Claro que gostaríamos de contar com a torcida no ginásio, mas neste momento o mais importante é a saúde. Acredito que com todas as equipes fazendo sua parte, realizando os testes e seguindo as orientações, não devemos ter grandes problemas", afirmou o técnico Élcio Ortiz, do Vera Cruz Campinas.

"É um momento de superação dentro e fora de quadra. Estamos em um processo de adaptação ao novo normal. Temos de fazer tudo com muito cuidado, seguindo os protocolos...", reforçou Arilza Coraça, técnica de Santo André.

Vera Cruz e Santo André se enfrentaram na final da Copa São Paulo, no último domingo, em Campinas. A vitória do time da casa por 88 a 42 deixou claro quem é um dos favoritos para o Estadual. Ituano e Sesi Araraquara, que se enfrentam no jogo de abertura, são outras equipes que vão brigar pelo título. Catanduva corre por fora. Sorocaba e Guarulhos, com equipes jovens, vão aproveitar o torneio para ganhar experiência.

Na primeira fase serão jogos em turno único (seis jogos para cada equipe, sendo três como mandante e três como visitante) até 22 de novembro e os quatro melhores avançam. Na segunda fase, turno e returno e os dois melhores se classificam para se enfrentarem na decisão. Todos os jogos serão sem torcida.

"O controle da covid-19 é muito difícil de se fazer. A menina testa negativo hoje e amanhã já pode estar positivo", afirmou Márcio Silva, técnico de Sorocaba. Segundo ele, o time não registrou nenhum caso da doença e só ficou fora da Copa São Paulo por causa de lesões no elenco. "Faremos uma nova testagem antes da competição, mas não tivemos casos, apenas uma jogadora que teve sintomas, mas não era covid", disse. "O nosso maior problema foi o período de inatividade de seis meses e isso complicou demais. Foram quatro lesões musculares em um grupo de dez atletas."

Entre os destaques individuais da competição está Tainá Paixão. Apesar da possibilidade de jogar na Europa, a armadora da seleção brasileira optou por ficar por aqui neste momento e vai defender o time de Araraquara, do técnico Daniel Wattfy.

"Volto a jogar depois de sete meses. Minha última partida foi pela LBF (Liga de Basquete Feminino), dia 13 de março, justamente contra a equipe que defendo agora. Estou feliz por voltar a jogar mesmo que ainda não seja numa situação normal, com torcida. A equipe tem treinado bem e espero que possamos fazer uma ótima competição e o ritmo e entrosamento vem no decorrer dela", afirmou Tainá Paixão.

Armador da seleção, Tainá Paixão é um dos destaques do Paulista pelo Sesi Araraquara
Armador da seleção, Tainá Paixão é um dos destaques do Paulista pelo Sesi Araraquara
Foto: Divulgação / Estadão

A expectativa das jogadoras é enorme, justamente pelo longo período de paralisação do basquete por causa do novo coronavírus. "Estamos bastante ansiosas. A nossa equipe iniciou os trabalhos aos poucos e foi muito difícil o recomeço, sofremos um pouco, mas tenho certeza de que renderá bons frutos. O Campeonato Paulista será curto e não podemos perder jogos por besteira. Estou bem confiante. A equipe está focada, com todas as jogadoras unidas num único objetivo", afirmou Gil Justino, do Ituano.

"Confesso que estou bem feliz e um pouco ansiosa para disputar o Campeonato Paulista, porque estamos treinando forte na quadra há cerca de um mês e estamos sentindo bastante o período que estivemos paradas. Disputamos a Copa São Paulo como etapa de preparação e vamos seguir trabalhando para estar na melhor forma possível em breve", acrescentou Jaqueline de Paula, de Santo André.

Estadão
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