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F1 ou WEC? Alfa Romeo define seu futuro no automobilismo

Com o término do patrocínio da montadora à Sauber, a dúvida aparece: seguir na F1 ou entrar no WEC? A resposta virá em breve.

2 mai 2023 - 15h33
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Demonstração de carro da F1 na frente da fábrica da Alfa Romeo. Os italianos avaliam seu futuro no esporte a motor.
Demonstração de carro da F1 na frente da fábrica da Alfa Romeo. Os italianos avaliam seu futuro no esporte a motor.
Foto: Stellantis / Divulgação

Uma das dúvidas que pairam no automobilismo é: o que fará a Alfa Romeo? Afinal de contas, a marca italiana anunciou que está concluindo seu acordo de patrocínio com a Sauber ao final desta temporada por conta da entrada da Audi no conjunto de acionistas do time de F1.

Anunciado com pompa e circunstância em 2016, o acordo de patrocínio da Alfa Romeo à Sauber veio com muitas expectativas. Afinal de contas, os italianos foram os primeiros campeões da categoria e era uma forma de retomar o fio após um término melancólico em 1985 e uma saída um tanto forçada no início de 1987 (que está contada aqui).

O objetivo do todo-poderoso do grupo FCA, Sergio Marchionne, era fazer um relançamento com estilo da marca, que buscava se posicionar no mercado automotivo premium, confrontando Audi, BMW e Mercedes. O objetivo era projetar o nome, retomar a história e ajudar a desenvolver produtos, embora boa parte do carro tinha forte participação da Ferrari...

7 temporadas depois, muita coisa não se cumpriu: a Sauber seguiu no pelotão intermediário, pouca coisa foi desenvolvida entre as partes (o máximo que houve foi uma colaboração da Sauber no desenvolvimento de uma série especial do Alfa Giulia) e, embora a exposição da marca tenha sido muito aumentada, não se refletiu nas vendas: nos últimos anos, a Alfa Romeo tem vendido cerca de 20.000 carros em todo o mundo.

Após a fusão FCA/PSA criando a Stellantis, a Alfa Romeo ficou na berlinda e muito se falou numa possível compra. Com a chegada do francês Jean-Phellipe Imparato ao, o futuro da marca ficou seguro, mas se questionou a continuidade dos programas de competição. Embora seja um entusiasta da velocidade, Imparato chegou com fama de um controlador de gastos, embora tenha sido o responsável por dar sinal verde no atual programa WEC da Peugeot.

Uma das ações de Imparato foi confirmar o programa da F1, mas com uma reavaliação anual. Tanto que, com o anúncio do acordo Audi/Sauber, o comunicado oficial veio logo em seguida. Estima-se que a Alfa Romeo entre com um valor de US$ 30 milhões/ano para dar nome ao time e o acordo iria até 2025.

Com isso, uma dúvida ficou: para onde a Alfa Romeo vai? Uma das possibilidades é a transferência para outro time da F1. Porém, o único que hoje poderia ter uma abertura seria a Haas por conta do fornecimento de motores e outras peças pela Ferrari.

Mas o caminho que aparece é o do...WEC. A Alfa Romeo tem uma tradição nos protótipos e foi campeão mundial em 1975 e 1977. Tempos atrás, circularam as projeções de um hypercar e chegou a informação de que já foi nomeado um responsável pelo projeto WEC: Cristiano Fiorio. Ele é responsável pelos projetos estratégicos da marca, incluindo a F1.

Alfa Romeo 33TT12, o campeão de 1975.
Alfa Romeo 33TT12, o campeão de 1975.
Foto: Wikimedia Commons

O que se espera é que o anúncio da entrada da marca no WEC seja para 2026 e seria feito no aniversário da Alfa Romeo, em 24/06, quando completa 100 anos da adoção do trevo de quatro folhas (Quadrifoglio) como símbolo da área de competição, ou em Silverstone (01/07).

Porém, se questiona a posição da Stellantis, já que a Peugeot se alinha na categoria e a ligação com a Ferrari. Aliás, uma das possibilidades que colocam na mesa é uma ligação com a Ferrari para reduzir os prazos de desenvolvimento e antecipar a entrada.

O CEO Imparato declarou pouco tempo atrás que “o futuro da Alfa Romeo está no esporte a motor”. A ver os próximos passos.

Parabólica
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