F1: Horner surge como favorito ao comando da Aston Martin
Ex-chefe da Red Bull aparece entre os principais nomes para assumir o cargo diante da crise interna com Cowell.
Segundo fontes de alto nível consultadas pela BBC Sport, Lawrence Stroll — proprietário da equipe — já considera mudanças profundas depois de sucessivos conflitos entre Cowell e Adrian Newey, o novo sócio-gerente técnico e figura central no projeto de 2026.
Embora nenhuma decisão final tenha sido anunciada, o cenário aponta para a saída de Cowell do posto de CEO e chefe de equipe. Ele, no entanto, ainda poderia permanecer na organização em outra função.
Em resposta, a Aston Martin afirmou apenas: “A equipe não comenta rumores ou especulações. Nosso foco está no desempenho nas corridas restantes e na preparação para 2026.”
Horner surge como opção
Ainda sem um substituto definido, Christian Horner — demitido da Red Bull em julho — surge como um dos nomes mais fortes para assumir o comando. O britânico estaria interessado no cargo e estaria negociando não só a liderança esportiva, mas também uma fatia acionária da escuderia.
Stroll também teria sondado Andreas Seidl, atualmente envolvido no projeto da Audi F1; Mattia Binotto, ex-Ferrari; e Martin Whitmarsh, que comandou a Aston Martin até o ano passado, mas recusou retornar.
O ponto alto da crise
A ruptura interna estaria ligada a disputas de autoridade entre Cowell e Newey. O projetista, multicampeão pela Williams, McLaren e Red Bull, chegou com enorme peso técnico e político, tornando praticamente inevitável seu protagonismo dentro da operação.
Newey deixou a Red Bull após rachar com Horner em meio às acusações de assédio sexual e comportamento inadequado feitas contra o ex-chefe. Embora Horner tenha sido inocentado em duas investigações internas, o clima nunca voltou ao normal, o que culminou em sua demissão após o GP da Inglaterra.
O britânico recebeu uma indenização estimada em 60 milhões de euros quando o desligamento foi formalizado. Na época, pessoas próximas disseram que Newey não queria sequer dividir um ambiente com Horner — embora fontes indiquem que os dois tenham retomado contato meses depois.
Um futuro incerto
Apesar das especulações, não há garantia de que Horner será escolhido. Stroll pode optar por um nome menos polêmico e que se encaixe melhor em sua visão de comando direto — ele mesmo atua, na prática, como chefe máximo da equipe.
A Aston Martin espera uma virada de desempenho em 2026, quando estreia como equipe parceira da Honda no novo regulamento de motores e aerodinâmica.
