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Com encerramento da temporada, Fórmula 1 torce por mais paridade em 2020

5 dez 2019 - 10h05
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Foram necessárias apenas algumas corridas em 2019 para evidenciar o que aconteceria ao fim da temporada da Fórmula 1: o hexacampeonato mundial de Lewis Hamilton e um sexto título de Construtores seguido para a Mercedes. Agora, a esperança da categoria é que 2020 tenha mais paridade dentro das pistas.

De qualquer maneira, o cenário se apresenta histórico, já que Hamilton terá uma primeira chance de igualar o recorde de sete títulos mundiais do lendário alemão Michael Schumacher.

"Eu espero uma temporada bem mais difícil", admitiu o chefe da Mercedes, Toto Wolff, durante o Grande Prêmio de Abu Dhabi, no último fim de semana.

"Não acho que veremos dez ou doze vitórias em uma só equipe no ano que vem", analisou. Em 2019, a Mercedes venceu 15 das 21 corridas da temporada, incluindo o triunfo de Hamilton nos Emirados Árabes Unidos, no domingo (1).

As regras na F1 não irão mudar no ano que vem, o que acontecerá apenas em 2021, e, para Wolff, isso tem tudo para "convergir as performances".

De fato, a distância entre a Mercedes e a vice-campeã mundial Ferrari aumentou consideravelmente nesta temporada (235 pontos, contra 84 em 2018 e 146 em 2017), mas alguns elementos argumentam por uma maior paridade.

Red Bull: ser competitivo desde o início

Embora os oito primeiros GPs da temporada foram vencidos pela Mercedes, a segunda metade do ano se mostrou muito mais disputada entre as três maiores escuderias (seis poles e três vitórias para a Ferrari, uma pole e uma vitória para a Red Bull, duas poles e cinco vitórias para a Mercedes).

O motor Honda, que move os carros da Red Bull e da Toro Rosso, inquestionavelmente evoluiu no que diz respeito a potência e confiabilidade, permitindo a Max Verstappen conquistar três vitórias e suas duas primeiras poles na carreira.

Verstappen nunca tinha dirigido um carro tão próximo de brigar por vitórias, mas o jovem piloto holandês lembrou que, se a Red Bull quiser conquistar um primeiro título mundial desde 2013, "terá que dar tudo de si para ser competitiva desde o início da temporada", e não se contentar em melhorar progressivamente ao longo do ano, como foi em 2019.

Para a Ferrari, o desafio é dobrado. A escuderia italiana teve desempenho aquém até o último terço da temporada, mas foram principalmente os muitos erros de estratégia e as dificuldades para lidar com a rivalidade entre seus pilotos que marcaram seu ano negativamente.

"Toda a equipe e os pilotos aprenderam muito nesta temporada e estou convencido que isso nos fará mais fortes no futuro", declarou o diretor da Ferrari, Mattia Binotto.

Hamilton "mais em forma do que nunca"

No grid de largada em 2020, serão duas mudanças e uma estreia: o canadense Nicholas Latifi pilotará um dos carros da Williams, enquanto que o francês Esteban Ocon defenderá a Renault após um ano longe da F1. Na temporada passada, somente a Mercedes e a Haas mantiveram os mesmos pilotos de 2018, enquanto que quatro debutantes estrearam na categoria.

Entre os principais pilotos, o finlandês Valterri Bottas, vice-campeão do mundo pela primeira vez, afirmou ter feito "sua melhor temporada até aqui", mas nunca conseguiu brigar de igual para igual com o companheiro de Mercedes Lewis Hamilton. Para isso, precisará de "mais consistência", afirmou.

O alemão Sebastian Vettel (Ferrari), quinto colocado no Mundial de Pilotos após ter sido vice nas duas temporadas anteriores, reconheceu que "precisa melhorar".

Verstappen, terceiro, conseguiu subir para outro patamar nesta temporada em termos de maturidade, enquanto que o monesgasco Charles Leclerc, quarto, mostrou ser talentoso e mentalmente forte para aguentar a pressão na Ferrari.

Esta nova geração, porém, não parece assustar o campeão. "Eu não me sinto velho", garantiu Hamilton, de 34 anos. "Eu me sinto bem, mais em forma do que nunca".

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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