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Bottas acredita que 'rebeldia' na Mercedes teria gerado "muito mais tensão"

Considerado 'escudeiro' de Lewis Hamilton na Mercedes, Valtteri Bottas diz que desrespeitar ordens da equipe teria gerado mais problemas — mas admite que pensa no assunto

18 jan 2022 - 09h17
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Valtteri Bottas e Lewis Hamilton foram parceiros na Mercedes de 2017 a 2021
Valtteri Bottas e Lewis Hamilton foram parceiros na Mercedes de 2017 a 2021
Foto: Mercedes / Grande Prêmio

COMO MERCEDES E RED BULL INFLUENCIARAM A F1 2021?

Valtteri Bottas deixa a Mercedes em 2022 após cinco anos como titular da equipe, com cinco títulos de Construtores na bagagem. E o finlandês, que ao longo de todo seu tempo na escuderia alemã foi visto como um 'escudeiro' para o heptacampeão mundial Lewis Hamilton, terá um novo papel na Alfa Romeo este ano na missão de guiar o novato chinês Guanyu Zhou. Questionado se uma maior 'rebeldia' aumentaria suas chances de brigar pelo título mundial, Bottas não soube responder — apesar de admitir que pensa sobre o assunto.

"Se eu soubesse a resposta para isso", disse Bottas ao podcast Beyond The Grid. "Se eu tivesse feito algo de diferente, como isso impactaria nas minhas chances. Tudo que sei é que se não fosse um bom piloto de equipe, teria havido muito mais tensão no time. Isso significaria menos cooperação entre eu e Lewis [Hamilton]. Significaria, a longo prazo, um desempenho não tão bom como equipe como tivemos agora", ressaltou.

Bottas optou por destacar o bom ambiente que se instalou na Mercedes durante sua parceria com Hamilton, completamente diferente do clima bélico que tomou conta da equipe nos anos anteriores à chegada do finlandês, quando a dupla da equipe era formada por Lewis e Nico Rosberg — amigos na época de kart, em relação que azedou com a disputa pelo título da Fórmula 1.

Valtteri Bottas ganhou o macacão azul como presente de despedida da Mercedes pelos serviços prestados (Foto: Mercedes)

"Porque se existe harmonia, se nós podemos trabalhar juntos, então estamos pelo longo prazo, pelos interesses da equipe", continuou. "Podemos desenvolver o carro juntos e discutir coisas abertamente. Além disso, sempre houve o fato de eu ter um ano de contrato, e se começasse a brincar, o que aconteceria?", questionou.

Por mais que o papel de Bottas na Mercedes tenha sido fundamental para o sucesso da escuderia na F1 nos últimos anos, o finlandês admite que a ausência de um título com o melhor carro do grid é algo que pode incomodar. Principalmente porque para um piloto de Fórmula 1, o foco é justamente ser campeão.

"Porque esse é o objetivo final, desde que você é criança, é o foco, seu sonho", explicou Bottas. "E [o título] sempre foi muito forte na minha mente, como objetivo, e foi uma força que me manteve trabalhando duro. É como se a cada dia, tudo que eu faça pelo esporte seja por isso", afirmou.

"Eu quero ser o melhor", continuou. "Eu quero ser o campeão. Então, sim, de certa forma, parece um pouco com fracasso, de que eu não consegui atingir isso com a Mercedes. Mas por outro lado, eu tentei tudo que podia. Dei tudo de mim, então não era para ser, pelo menos agora. Minha carreira ainda continua, e nesse esporte maluco que é a F1, você nunca sabe o que pode acontecer", destacou.

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Valtteri Bottas com Frédéric Vasseur, chefe de equipe da Alfa Romeo (Foto: Alfa Romeo)

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