Barrichello desabafa: "entenderam agora como foi em 2002"
27 jul2010 - 11h35
(atualizado às 11h40)
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O piloto Rubens Barrichello, da Williams, fez um desabafo nesta terça-feira em seu Twitter após receber comentários sobre a polêmica ultrapassagem de Fernando Alonso sobre Felipe Massa no GP da Alemanha, no último domingo.
O brasileiro, por ordem da Ferrari, teve que abrir espaço para o espanhol, que subiu ao lugar mais alto do pódio. Mesma situação que Barrichello viveu na Áustria, em 2002, quando foi muito criticado por deixar Michael Schumacher passar e conquistar a vitória.
"Recebi todo tipo de comentário sobre o episódio de domingo... Muitos entenderam (só agora) como foi em 2002", escreveu o experiente piloto, 38 anos. "E entenderam tambem agora porque deixei a Ferrari um ano antes do final do contrato. Posso não ter sido campeão na época, mas fui sempre justo".
Barrichello encerrou a polêmica e acrescentou que está feliz na Williams. "Pronto falei... Agora página virada. Estou na equipe que quero estar, a ponto de assinar por mais um ano... Quero ser campeao com a Williams".
A Ferrari foi multada US$ 100 mil (R$ 176 mil) por conta do episódio envolvendo Alonso e Massa no último domingo. A FIA (Federação Internacional de Automobilismo) ainda investiga o caso e pode punir a escuderia e os dois pilotos.
GP da Áustria de 2002: Brasileiro Rubens Barrichello repete o gesto do ano anterior - desta vez, ainda pior por estar em primeiro quando permitiu a poucos metros do fim a ultrapassagem do alemão Michael Schumacher. A marmelada da Ferrari provoca a criação da regra contra ordens de equipe
GP da Alemanha de 2010: Felipe Massa liderava a corrida em Hockenheim e a menos de 15 voltas do final recebe a ordem da Ferrari para liberar a posição para o espanhol Fernando Alonso
Foto: AFP
GP de Portugal de 1989: Desclassificado da corrida por uma manobra ilegal no pit stop, Nigel Mansel, da Ferrari, ignorou a bandeira preta, seguiu na pista e se tocou com a McLaren de Ayrton Senna (na foto, retornando aos boxes); o acidente beneficiou Alain Prost, companheiro de Senna na McLaren e que no ano seguinte levaria o número 1 para a escuderia de Maranello
Foto: AFP
GP do Japão de 1989: Para ser campeão, Alain Prost joga o carro de forma proposital e provoca um acidente com Ayrton Senna a poucas voltas do fim do GP do Japão de 1989 - o brasileiro, mesmo com o bico quebrado, consegue voltar, trocar a peça e completar a prova em primeiro, mas é desclassificado por ter cortado a chicane; com a decisão, o piloto da França leva o título
Foto: Getty Images
GP do Japão de 1990: Com a situação inversa do ano anterior, Ayrton Senna bate em Alain Prost depois da largada e festeja de forma antecipada o segundo dos seus três títulos mundiais
Foto: Getty Images
GP da Europa de 1997: Michael Schumacher estava próximo de quebrar o jejum de títulos da Ferrari - bastava não permitir que Jacques Villeneuve somasse mais pontos que ele no GP final em Jerez de la Frontera. Com melhor rendimento, o canadense da Williams fez a manobra de ultrapassagem depois do pit stop, mas o alemão tentou provocar o acidente, errou e saiu sozinho da prova. Schumacher foi desclassificado da temporada e nem com o vice ficou - pior: teve que ir aos tribunais da FIA se explica
Foto: AFP
GP da Áustria de 2001: Brasileiro Rubens Barrichello, da Ferrari, deixa o companheiro alemão Michael Schumacher passar no fim e ajuda o companheiro a terminar em segundo, atrás apenas da McLaren do escocês David Coulthard
Foto: Getty Images
GP da Áustria de 2002: Brasileiro Rubens Barrichello repete o gesto do ano anterior - desta vez, ainda pior por estar em primeiro quando permitiu a poucos metros do fim a ultrapassagem do alemão Michael Schumacher. A marmelada da Ferrari provoca a criação da regra contra ordens de equipe
Foto: Getty Images
GP dos EUA de 2002: Para devolver a gentileza a Rubens Barrichello, Michael Schumacher reduz a velocidade a poucos metros do fim e "deixa" o companheiro vencer em Indianápolis
Foto: Getty Images
Temporada de 2007: A McLaren, por pouco, não acabou banida da F1 ao ser descoberto que o projetista da escudeira inglesa, Mike Coughlan, havia obtido informações confidenciais da rival Ferrari por meio de Nigel Stepney, chefe dos mecânicos do time italiano. O piloto espanhol Fernando Alonso, que corria pela McLaren e estava insatisfeito com o tratamento dado ao inglês Lewis Hamilton, colaborou com a FIA na investigação
Foto: Getty Images
GP de Cingapura de 2008: Nelsinho Piquet bate de forma proposital e provoca a entrada do safety car, ajudando o companheiro de Renault, o espanhol Fernando Alonso, que já havia feito um pit stop, assumir a liderança e vencer a corrida