Estre: execução perfeita é trunfo da Porsche nas 6h de SP
Após liderar as duas sessões de sexta, Estre destaca força da equipe na estratégia e vê a Cadillac como maior ameaça
A Porsche terminou o primeiro dia de atividades em Interlagos tendo seus dois carros no topo da tabela de tempos, com o #6 tendo liderado as duas sessões. Kevin Estre, que divide o carro com Laurens Vanthoor, falou com o Parabólica sobre o que espera para o fim de semana.
O francês listou as características que vê como trunfos da Porsche na briga pela vitória nas 6 Horas de São Paulo. Para ele, o aquecimento dos pneus em baixa temperatura, cenário encontrado em Interlagos, é um dos fatores. Mas, mais importante, é o trabalho de equipe executado pela escuderia:
“Nossas forças são sempre o aquecimento dos pneus frios e nossa execução da corrida”, afirmou. “Temos sido muito fortes nisso desde o ano passado, no início do ano, e em Le Mans. Executamos bem, normalmente não recebemos penalidades, não cometemos nenhum erro no pit stop e na estratégia, e esse é o nosso ponto forte.”
Por outro lado, o desempenho puro do carro tem sido uma pedra no sapato. O modelo 963, que chegou ao pódio em 6 das 8 etapas do ano passado, conseguiu apenas um pódio nas quatro etapas do ano até aqui, em Le Mans: “Nossa fraqueza, desde o começo do ano, tem sido a performance em uma volta e em alguns stints. Já foi melhor em Le Mans, então espero que estejamos nessa melhoria de desempenho”, contou.
Os sinais de progresso se fizeram notar nos treinos livres dessa sexta-feira (11). Em um grid bastante apertado, com 15 carros andando no mesmo segundo, a Porsche conseguiu se destacar, liderando ambas as sessões.
O resultado animou Estre para a etapa brasileira: “Tudo está aberto por enquanto. Os treinos livres têm sido bons. Então veremos como evoluímos, mas parece ser melhor do que o início da temporada.”
Estre também falou sobre os concorrentes. Para ele, há vários carros com potencial para brigar pela vitória em Interlagos: “A Ferrari, você não pode esquecê-los, com certeza eles têm sido muito fortes desde o início do ano, mesmo que pareçam lutar um pouco mais agora, mas você nunca sabe como eles serão. A Toyota, com certeza, é um valor importante. E a Alpine e a Peugeot também podem fazer algo.”
No entanto, para ele, os grandes concorrentes tendem a ser os barulhentos V8 da Cadillac-Jota: “A Cadillac parece muito forte, tanto na teoria quanto na pista”, afirmou. “Para mim, provavelmente o nosso maior adversário nesta corrida, o melhor desempenho, deve ser a Cadillac. Mas acho que temos uma chance. Espero!”
