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De agressivo a cauteloso: como Casagrande garantiu o bi da Stock Car

Com regulamento “debaixo do braço”, Gabriel Casagrande adotou abordagens diferentes – e extremas - nas duas corridas da etapa final

17 dez 2023 - 17h42
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Gabriel Casagrande fez o que precisou para confirmar o título
Gabriel Casagrande fez o que precisou para confirmar o título
Foto: Paulo Abreu / Parabólica

A Stock Car chegou a sua etapa final da temporada de 2023, em Interlagos, com nada menos que sete pilotos vivos na luta pelo título. Gabriel Casagrande carregava boa vantagem sobre Daniel Serra, o segundo, e mais ainda sobre os demais. É claro que a Stock Car adora o fator imponderável, mas era natural apontar Casagrande como o favorito ao título.

E o fim de semana começou para o piloto da A. Mattheis Vogel: ele foi o mais rápido no treino livre de sexta-feira. Tudo só melhorou no sábado, quando garantiu o 3º lugar no grid, cinco posições à frente de Serra.

Assumindo riscos em um momento...

No domingo, dia das corridas finais do campeonato, os olhos estavam voltados para Casagrande. O paranaense largou o 3º posto na corrida 1 e, contrariando que previa uma postura mais cautelosa, não teve medo de se colocar em duelos na pista.

Já depois das trocas de pneus, Casagrande se lançou para o ataque sobre Ricardo Zonta, que liderava a prova, e o superou. Pouco depois, acabou tomando o troco do conterrâneo. Julio Campos foi outro a duelar com o líder do campeonato e levar a melhor. Para Casagrande, não era interessante colocar tudo a perder naquele momento. Uma posição a mais ou menos teria pouca influência no final.

Casagrande em ação na grande final, em Interlagos
Casagrande em ação na grande final, em Interlagos
Foto: Paulo Abreu / Parabólica

Na última volta, no entanto, quando Casagrande ocupava um confortável 3º lugar, Rafael Suzuki acionou o botão de ultrapassagem e partiu para cima. Foi aí que a abordagem mudou. Gabriel, talvez incomodado por já ter aliviado nas disputas anteriores, fez jogo duro antes de perder a posição de pódio e quase pôs tudo a perder. E não se deu por vencido: acionou o push na subida dos boxes e retomou o 3º lugar logo antes da linha de chegada, garantindo um lugar no pódio da corrida 1.

Com seu resultado e o de Serra, bastava um 18º lugar na sempre caótica corrida 2 para assegurar o título.

...evitando riscos em outro

Casagrande largou do 7º posto e se viu no meio do fogo cruzado. As primeiras voltas foram recheadas de toques, rodadas e escapadas. Ao líder do campeonato, restou aliviar o ritmo e se afastar da confusão – em dado momento, ele quase atingido pelo carro desgovernado de Allam Khodair.

Dosando bastante o pé direito, Gabriel foi conservador e despencou na tabela de posições. Em pouco tempo, já era 23º - posição que colocaria seu título em risco em caso de vitória de Daniel Serra. Para sorte de Casagrande, Serra não conseguiu progredir como precisava e terminou fora do top 10. Resultado que tornou o modesto 21º lugar suficiente para a confirmação do título.

No domingo de decisão em Interlagos, Gabriel Casagrande oscilou entre ser desnecessariamente agressivo em disputas de posição e excessivamente cauteloso para evitá-las, passando por todos os estágios intermediários a esses extremos.

Um típico caso em que os fins justificam os meios: os resultados foram o que ele precisava para se tornar o novo bicampeão da Stock Car Pro Series. E com todos os méritos!

Parabólica
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