Rio - Na véspera do clássico com o Flamengo, os dirigentes do Botafogo estiveram reunidos com o ex-jogador da Seleção Brasileira e atualmente técnico, Carlos Alberto Torres. Nesta quarta-feira, ele confirmou o encontro, revelou haver um convite da diretoria e admitiu voltar a trabalhar pelo clube carioca. Mas, desta vez, o cargo a ser assumido por Torres não é o de treinador e, sim, o de superintendente conforme declarou à Rádio LBV.
“Eu conversei ontem (última terça-feira) com o Mauro Ney (presidente do Botafogo), Antônio Rodrigues (vice de futebol) e com o Montenegro (Carlos Augusto, presidente do Conselho Deliberativo). Eles me convidaram e eu aceitei para ser uma espécie de superintendente. Muitas pessoas estão colocando que eu fui chamado para ser um possível substituto de Paulo Autuori, mas não tem nada disso. A minha primeira ação na nova função seria justamente manter o Autuori, pois ele é um excelente profissional”, garantiu.
Mesmo com Carlos Alberto Torres dando certeza de que manterá Autuori no comando da equipe, ao assumir a nova função no Botafogo, a notícia caiu como uma bomba no grupo alvinegro. Na concentração num hotel na Zona Sul do Rio de Janeiro, visando ao compromisso contra o Rubro-Negro, jogadores considerados líderes do elenco demonstraram contrariedade quanto à possível contratação de Torres.
O goleiro Wagner e o cabeça-de-área Leandro Ávila não quiseram estender o assunto, mas não aprovaram a atitude da diretoria alvinegra. De acordo com eles, o encontro com Torres foi inoportuno, pois a equipe vive uma situação delicada no Campeonato Brasileiro e que, por isso, Paulo Autuori deveria ter recebido apoio total dos dirigentes antes do clássico. Mesmo assim, os dois jogadores garantiram que o episódio não atrapalhará o rendimento do time no confronto no Maracanã.