Rio - Os membros da CPI do Senado que investiga supostas irregularidades no futebol brasileiro receberam com tranqüilidade a decisão do ministro Maurício Corrêa, do Supremo Tribunal Federal (STF), que indeferiu o mandado de segurança impetrado pelo presidente do Vasco, deputado Eurico Miranda (PPB-RJ). Eurico desejava que o STF declarasse a nulidade dos atos de quebra dos sigilos bancário e fiscal do deputado e a transferência dos dados obtidos para o Ministério Público Federal, Ministérios Públicos Estaduais, Secretaria de Receita Federal, Conselho de Controle de Atividades Financeiras e para o Departamento de Polícia Federal, proibindo a CPI e esses órgãos públicos de usar esses dados.
No seu despacho, Maurício Corrêa alegou que entre a data em que Eurico teve seus sigilos quebrados e a data em que ele entrou com um mandado de segurança já passaram mais de 120 dias, o que invibializa a anulação dos atos da Comissão.
No mandado de segurança que impetrou, Eurico alegou que o presidente da CPI, senador Álvaro Dias (PDT-PR), e o relator, senador Geraldo Althoff (PFL-SC), expuseram criminalmente a intimidade bancária, fiscal e financeira do presidente do Vasco e de seus familiares, em audiência pública transmitida ao vivo pela TV Senado. Além disso, ele argumenta que os senadores foram levianos ao chamar os dirigentes do Vasco de formadores de quadrilhas.
O senador Geraldo Althoff recebeu com tranqüilidade a decisão do STF, alegando que ela mostra que a CPI está no caminho certo.
“A CPI do Senado recebe sempre com tranqüilidade as decisões do STF, pois elas têm mostrado que estamos no rumo certo. Respeitando a todos, mas investigando o necessário”,afirmou Althoff.