Rio - O depoimento que o presidente do Flamengo, Edmundo Santos Silva, ia dar à CPI do Senado que investiga supostas irregularidades no futebol brasileiro nesta terça-feira foi remarcado para o dia 18 de outubro. O dirigente enviou atestado médico alegando que não poderia comparecer para depor. Mas este atestado não convenceu os senadores, que vão investigá-lo.
Os senadores receberam a informação que o dentista Alexandre Furtado Gonçalves, que assinou o atestado de Edmundo, tem fortes ligações com o Flamengo. Os parlamentares não souberam dizer se Alexandre é funcionário do Flamengo ou apenas presta serviços ao clube. Os membros da CPI foram informados de que Alexandre estaria afastado das suas atividades profissionais.
“A CPI está enviando ao Rio de Janeiro uma odontóloga do Senado para discutir com o dentista de Edmundo se a data de dezoito de outubro é prudente para ele depor. Quero deixar bem claro que esta postura nossa comprova que estamos sempre acatando os atestados médicos que recebemos”, afirmou o senador Geraldo Althoff (PFL-SC).
Na manhã desta terça-feira Geraldo Althoff exibiu para os demais membros da CPI uma fita em que mostra Edmundo concedendo entrevistas a jornalistas na véspera. Os senadores não aceitam o fato de Edmundo não poder falar na CPI, mas conseguir gritar com o elenco do Flamengo após a goleada de 5 a 1 sofrida para o Vasco, no sábado passado, pelo Campeonato Brasileiro.
Perguntado se existia a possibilidade de Edmundo não prestar depoimento, o senador Geraldo Althoff afastou a hipótese. “A chance do Edmundo não depor é zero. O Edmundo vai à CPI prestar alguns esclarecimentos”, afirmou Althoff, descartando a hipótese da CPI fazer qualquer tipo de busca e apreensão na sede do Flamengo.