Grêmio pára na retranca do Goiás
Quarta-feira, 08 Agosto de 2001, 22h20 Atualizada: Quinta-feira, 09 Agosto de 2001, 00h04
Rio - Grêmio e Goiás empataram em 0 a 0, na noite desta quarta-feira, no Olímpico, numa partida em que o Tricolor atacou muito, e mal. De sua parte, o Goiás se limitou a defender, o que fez com eficiência. Como o Atlético-PR havia feito na primeira rodada – e mesmo o Paraná, apesar da derrota – o Goiás tratou de impedir que o Grêmio exibisse suas virtudes: a passagem veloz dos alas e o futebol inteligente de Zinho. E conseguiu. Sem contar que o time da casa sentiu a falta do jogo fluente e veloz de Tinga.
O jogo começou numa batida forte, com o Grêmio em cima do adversário. Mas foi perdendo gás aos poucos, chegando ao final do primeiro tempo num ritmo bem lento, como interessava ao Goiás.
O Grêmio perdeu dois gols incríveis no início do jogo, quando boa parte dos atletas ainda não havia tocado na bola. A 1 minuto, Indio rebateu mal, entregando a bola nos pés de Gavião; o armador passou a Rodrigo Mendes na risca da pequena área; afoito, o atacante tentou chutar de pé direito e, incrivelmente, chutou de tornozelo.
A 2 minutos, Rodrigo Mendes subiu mais do que os zagueiros, na risca da pequena área, e cabeceou forte, para baixo; em cima da risca do gol, Harley defendeu em dois tempos, com grande dificuldade.
Passada a pressão inicial, o Goiás foi equilibrando o jogo de intermediária. Um erro da arbitragem, que marcou impedimento inexistente de Gauchinho, aos 10, tirou do visitante o seu primeiro bom ataque.
Com 15 minutos de jogo, já foi possível perceber que o Grêmio sentia muita falta de Tinga, o volante convocado pela Seleção. Sem ele, a fluência do jogo do Tricolor era menor – às vezes até truncada. Com Claudiomiro em seu lugar, o meio-campo apoiava mal os dois atacantes.
Aos 16, o Goiás voltou a ameaçar. Araújo cobrou falta da meia-direita, em curva, e Maurício saltou mais do que os zagueiros do Grêmio, cabeceando rente ao travessão.
O Tricolor acelerou seu ritmo e o adversário apertou a marcação. Resultado: o jogo ficou feio. As jogadas tramadas rarearam, apesar da pretensão do Zinho do Grêmio e do Zinho do Goiás, ambos muito habilidosos. Claudiomiro arriscou de muito longe, aos 26, sem assustar Harley.
Aos 33, Araújo entrou na meia-lua aplicando dribles curtos e passou a Gauchinho, na meia-direita. O atacante achou a brecha e chutou forte, de bico, porém muito longe do poste direito.
O Grêmio só voltou a ameaçar aos 42: Num escanteio da direita, Rodrigo Mendes saltou mais do que a zaga e desviou de cabeça; a bola passou a dois metros do poste direito.
O Goiás respondeu em cima. Aos 43, Zinho fez boa jogada pela direita e cruzou rasteiro; Gauchinho, a um metro da risca da pequena área, dominou de pé direito e tentou o chute, mas se desequilibrou e caiu de costas, permitindo que a zaga rebatesse.
Mais disposto, o Grêmio voltou para o segundo tempo apertando o adversário em seu próprio campo e acelerando as jogadas. Passou a explorar mais as jogadas pelo lado de direito. Aos 5, Luiz Mário chutou forte, de fora da área, no canto direito, e Harley fez grande defesa, espalmando para escanteio.
À exceção de alguma ou outra arrancada de Araújo, pela esquerda, o Goiás se limitava à defesa, permitindo o assédio constante do Grêmio. Aos 14, uma grande oportunidade. Gavião chutou forte e rasteiro, de fora da área; Harley não conseguiu defender firme; Rodrigo Mendes se atirou de carrinho, prensando com o goleiro, que também entrava com os pés; a bola espirrou para fora, rente ao poste direito. Nesse lance Rodrigo Mendes se machucou, tendo que sair pouco depois.
A pressão não tinha intervalos. O gol quase saiu, num lance curioso, aos 21: Rôni tirou uma bola da pequena área, mas ela bateu no rosto de Indio, seu companheiro, e voltou, raspando o poste esquerdo.
O técnico Lori Sandri sentiu que o Goiás estava perdendo o fôlego e trocou Zinho e Gauchinho por Josué e Bilu, aos 25. Na realidade, o time só ganhou em rapidez para a recomposição defensiva, porque continuou sem saída para o ataque. Aos 28, outra boa chance: Luiz Mário recebeu a bola pela meia-direita, na área, e virou rápido, cruzado; Harley segurou firme.
Diante da retranca do Goiás, Tite tirou o volante Gavião e colocou o atacante Rodrigo Gral aos 34. Lori não se fez de rogado: aos 37, tirou o atacante Araújo e fez entrar o volante Zé Carlos.
O assédio do Tricolor, é lógico, aumentou. O gol quase saiu aos 39: Zinho, na linha de fundo, pela esquerda, dentro da pequena área, tentou cruzar; Harley saiu para interceptar; a bola bateu no poste direito e saiu.
Nos minutos finais, o sufoco esperado. Aos 43 e aos 44, bolas cabeceadas por Rodrigo Gral e Luiz Mário passaram perto da trave goiana. Com apenas Bilu na frente, o Goiás segurou o empate dando chutões e, quando possível, tocando a bola.
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Goiás
0
X
0
Grêmio
Local
Olímpico, em Porto Alegre.
Público
Não divulgado
Renda
Não divulgada
Juiz
Evandro Roman (PR)
Cartões amarelos
Anderson Lima, Zinho (Grêmio),
Rôni e Rodrigo Queirós (Goiás)
Grêmio
Danrlei, Marinho, Polga
e Nenê; Anderson Lima, Claudiomiro, Gavião (Rodrigo Gral - 79), Zinho e
Rubens Cardoso; Luiz Mário e Rodrigo Mendes (Claudio - 65). Técnico: Tite
Goiás
Harley, Indio, Rôni e Edmilson; Maurício,
Marabá, Túlio, Zinho (Josué 70) e Rodrigo Queirós; Gauchinho (Bilu -70)
e Araújo (Zé Carlos - 82). Técnico: Lori Sandri.