Santos – O zagueiro argentino Galván, do Santos, não é o mesmo zagueiro que disputou o Campeonato Paulista no primeiro semestre. Hoje ele confessa: estava sentindo-se preso, com pouca mobilidade. O medo de uma nova lesão no joelho esquerdo o atormentava. “Acho que era uma coisa psicológica. Eu estava com receio, achava que ia me machucar novamente a qualquer momento”, confessa.
O jogador ficou sete meses sem atuar no ano passado, por causa de um problema nos ligamentos cruzados do joelho. Ele afirma que o momento da redenção aconteceu na excursão santista ao México. No calor de Guadalajara, pela primeira vez Galván sentiu-se seguro para entrar em divididas arriscadas. “Não aconteceu nada de excepcional. O medo simplesmente passou de uma hora para outra. O Rosan (Luiz Alberto, fisioterapeuta do clube) me avisou que isso ia acontecer”, relembra, prometendo voltar a ser o mesmo jogador que atuou pelo Atlético Mineiro.
Revelado pelo Racing, ele deve formar com Válber e Preto a zaga santista que disputa o Campeonato Brasileiro. E sem traumas. “Estou me sentindo muito mais aliviado. Principalmente aqui (Galván aponta para a cabeça). Hoje jogo em pisos duros e macios e não sinto nada. Há alguns meses, isso seria impossível”, festeja o zagueiro, que agora está livre do fantasma da lesão que o atormentava.