Belo Horizonte - O Atlético-MG lançará uma campanha para receber doações dos torcedores, por meio da fatura de energia elétrica. A diretoria do clube e a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) estão acertando um contrato de prestação de serviços, que deve ser assinado ainda neste mês.

O consumidor autorizaria o pagamento, através da conta, de uma doação, no período que fosse acertado - mensal, bimestral, trimestral, etc. Ainda não está definido o valor mínimo de contribuição, que pode ser de R$ 3,00. Além disso, o Atlético precisa elaborar a estratégia de marketing.

A Cemig, revela o assessor de Comunicação da Estatal, Luiz Henrique Michalick, já havia sido procurada para dar uma ajuda aos clubes. Mas, antes, a legislação não permitia e o sistema de cobrança também era incompatível. Agora, a prestação do serviço é possível e o Atlético vai pagar por ela. “A Cemig é uma empresa que visa lucro e vai cobrar pelo serviço. O valor ainda não está definido. Não estamos fazendo uma parceria", afirma o assessor. Ele revela que um contrato igual ao proposto pelo Atlético já foi assinado há uma semana com uma instituição de caridade do interior do Estado.

Segundo Michalick, o Atlético precisaria se organizar para receber as doações. “Sugerimos que fosse criado um fundo, administrado por pessoas de reputação ilibada, inclusive com a participação da Cemig. O dinheiro precisa ser bem utilizado pelo Atlético", pondera.

O serviço de doações, por meio da conta de luz, seria, segundo Michalick, “poderoso instrumento de fidelização do torcedor". “A Cemig tem 5 milhões de consumidores cadastrados, mas atende a mais de 16 milhões de pessoas dentro de Minas Gerais. Se o Atlético conseguir cadastrar 500 mil torcedores fiéis, através das doações, teria um mailing que poderia ajudar em outras campanhas e mesmo na venda de produtos com a marca do clube. É um grande potencial que poderia ser aproveitado pelos dirigentes", analisa.

Ele ressalta que o torcedor, para contribuir, deve ter o nome na conta de luz. “Mas isso não impede que, por exemplo, as pessoas de uma casa se cotizem para pagar a doação. Ou mesmo que um pai cruzeirense pague pelo filho atleticano."

O assessor de Comunicação da Cemig revela que qualquer clube pode usar o serviço. “O Atlético seria o primeiro, mas o negócio pode ser feito com o Vila Nova, a Caldense, o Cruzeiro ou o América."

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