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Atletas brasileiras fazem a festa com bichos de pelúcias
Segunda-feira, 25 Setembro de 2000, 01h04

Sydney - Um verdadeiro zoológico de pelúcia vai preencher o lugar de algumas medalhas na bagagem da delegação brasileira que começa a voltar dos Jogos de Sydney. Menos pesados mas bem mais volumosos, coalas, cangurus e os mascotes dos Jogos estão enchendo bolsas e malas dos brasileiros. E se a previsão de medalhas é modesta (poucos acreditam na repetição das 15 conquistas em Atlanta), as compras também têm sido econômicas. Nada de roupas sofisticadas e típicas, como a capa drize-bone ou o chapéu akubra.

Assustados com os preços da Austrália, onde a inflação tem crescido nos últimos meses, atletas, dirigentes e membros da equipe preferem levar camisetas e pequenas lembranças. Os bichinhos, porém, ninguém resiste. De lei mesmo são os três mascotes (millie, olly e syd), grande sensação em todas as lojas da cidade e do Parque Olímpico. Millie é uma abreviatura para milênio e tem a forma do echdina, uma espécie de porco-espinho nativo. Olly vem de olímpico e está representado pelo kokaburra, um pássaro local de asas enormes. Finalmente, Syd é uma homenagem a Sydney e ganhou vida no corpo do platyplus, um ornitorrinco com bico de pato, corpo de lontra e cauda de castor.

Com uma aparência tão singular quanto simpática, os mascotes, vendidos em vários tamanhos, não param nas prateleiras. Muitos deles já começaram a desembarcar no Brasil. Neste domingo, na volta das equipes da natação e do judô, vários deles podiam ser vistos na fila do check-in. "Não comprei muita coisa, mas estou levando alguns mascotes e bichinhos para o meu filho", explicou o nadador Gustavo Borges, bronze no revezamento 4.x100 livres.

Borges tinha um bom problema para resolver no Aeroporto de Sydney: gastar A$ 400,00 (U$ 240,00) para não perder dinheiro na troca do dólar australiano pelo americano. Acabou levando um coala de cristal (A$ 80,00), um óculos de sol (A$ 120,00), mini-carrinhos (A$ 11,00) e algumas barras de chocolate (menos de A$ 10,00). Seu objeto do desejo, porém, ficou pendurada na arara da loja: uma jaqueta náutica ao preço de A$ 370,00. O nadador provou a maior que havia, mas seus dois metros de envergadura, que na água já lhe deram tantas vitórias, acabaram frustrando a compra. A jaqueta ficou curta nos braços.

Também com problema de tamanho, o judoca peso-pesado Daniel Hernandes acabou comprando apenas duas camisas extra-grandes para comportar seus 1m90cm e 147 kg. "Estou levando mais umas dez camisas, mas é tudo presente", explica. Com o mesmo objetivo, ele despachou nada menos do que quatro conjuntos de mascotes (cada um com três), dois coalas, três cangurus pequenos e um grande. "É tudo presente", afirma o judoca.

Já os técnicos da natação, Sérgio Silva e Ricardo de Moura, foram mais comedidos. "Essa é a quarta vez que viajo para cá e agora estou achando as coisas muito caras", avaliou Ricardo. Por isso, ficou apenas com dois mascotes e duas camisetas. Sua maior extravagência seria comprar uma capa drize-bone, mas desistiu ao ver o preço na vitrine. "Olha que absurdo! A$ óexterior, ficou no básico: três mascotes e algumas camisetas. "Só não posso deixar de comprar algumas coisas para as crianças", justificou.

Sem essa desculpa e muito antes de arrumar as malas para voltar, as jogadoras de basquete não esperaram nem a Olimpíada começar. Como não podem sair da Vila Olímpica, elas mal chegaram e já encarregaram a assessora Marisa Mendes de ir às compras. Não foi fácil, mas Marisa conseguiu empilhar no seu quarto 42 cangurus, 32 coalas e sete pacotes com 12 chaveiros em cada, além de dezenas de camisetas, chaveiros e pins.

Como uma autêntica dona de casa, a assessora pesquisou, pechinchou e descobriu um mercado no bairro chinês, onde todos os produtos licenciados custam até cinco vezes menos do que é cobrado no resto da cidade. "Um chaveiro que na Vila custa A$ 10,00 saiu por A$ 2,00", contou orgulhosa. As camisetas, que no Parque Olímpico custam A$ 35,00, também foram compradas de bacia. "Levei três camisetas por A$ 12,00", informou.

As malas das jogadoras já estão estufadas, mas não o suficiente para o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, Carlos Arthur Nuzman. Membro do fechado Clube Internacional dos Grandes Viajantes, que só aceita viajantes com mais de 50 países no passaporte, Nuzman já conheceu mais de 100 e adora fazer compras e malas. Nesta Olimpíada, porém, ele só está interessado em importar uma mercadoria. "Desta vez eu quero levar medalha", avisa.

Agência Estado

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