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Taxas dos DIs têm altas firmes com "fator Flávio" pressionando o mercado

17 dez 2025 - 16h47
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As taxas dos DIs dispararam mais de 20 pontos-base em vários vencimentos nesta quarta-feira, com os investidores reagindo novamente de forma negativa às articulações para que o senador Flávio Bolsonaro (PL) seja o principal candidato da direita na eleição presidencial de 2026.

Por trás do movimento está a percepção de que a opção por Flávio sepulta a candidatura do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), nome preferido do mercado, potencialmente favorecendo a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

No fim da tarde, a taxa do DI para janeiro de 2028 estava em 13,26%, em alta de 21 pontos-base ante o ajuste de 13,046% da sessão anterior. Na ponta longa da curva, a taxa para janeiro de 2035 marcava 13,715%, com elevação de 24 pontos-base ante o ajuste de 13,473%.

Na terça-feira as taxas dos DIs já haviam subido na esteira de uma pesquisa Genial/Quaest, que mostrou Lula bem colocado na disputa presidencial em relação a seus adversários de direita. Em um dos cenários estimulados do levantamento, Lula obteve 41% das intenções de voto em primeiro turno para presidente, com Flávio com 23% e Tarcísio com 10%. Lula venceria todos os oponentes em um eventual segundo turno.

Os temores em relação a Flávio foram intensificados nesta quarta-feira, após nota do site Metrópoles informar no início do dia que o senador Ciro Nogueira (PI), presidente do PP, disse a integrantes do mercado que Tarcísio tentará a reeleição em São Paulo e que Flávio deve mesmo disputar o Planalto.

Por sua vez, Flávio embarcou para São Paulo no início da tarde para novo encontro com representantes do mercado, dando continuidade ao esforço de aproximação com a Faria Lima.

Neste cenário, a taxa do DI para janeiro de 2028 marcou a máxima de 13,330% às 10h36, em alta de 28 pontos-base ante o ajuste da véspera. A taxa do contrato para janeiro de 2035 atingiu a máxima de 13,765% às 13h51, em alta de 29 pontos-base.

"Com Flávio forte (à frente de Tarcísio), Lula tem mais chance de ganhar a eleição. Então, sem solução para o fiscal para os próximos cinco anos", comentou o diretor da consultoria Wagner Investimentos, José Faria Júnior, ao justificar a abertura firme da curva brasileira pela manhã.

O movimento reduziu as apostas de que o Banco Central cortará a taxa básica Selic, hoje em 15% ao ano, em sua reunião de janeiro. Durante a tarde, a curva precificava pouco mais de 40% de chance de redução de 25 pontos-base no próximo mês, pontuou a analista Laís Costa, da Empiricus Research. Na véspera, o percentual estava em 65%.

Ainda que o mercado precifique agora chances maiores de manutenção da Selic em janeiro, em meio às tensões políticas, a possibilidade de corte não é desprezível.

Na madrugada desta quarta-feira, a Câmara dos Deputados aprovou o projeto que reduz em 10% os benefícios fiscais federais de diversos setores e aumenta a tributação de bets e fintechs. O texto seguiu para o Senado, que pode votá-lo ainda nesta quarta.

No exterior, os rendimentos dos Treasuries tiveram altas leves nesta quarta-feira, com os agentes também especulando sobre os próximos passos da política monetária do Federal Reserve no curto prazo.

Às 16h33, o rendimento do Treasury de dois anos --que reflete apostas para os rumos das taxas de juros de curto prazo -- tinha alta de 1 ponto-base, a 3,487%. Já o retorno do título de dez anos -- referência global para decisões de investimento -- estava estável, a 4,151%.

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