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Pátria compra R$ 2,5 bi em fundos imobiliários da Genial Investimentos e entra na área de shoppings

Aquisição se dá em momento de dificuldade para captação de recursos na Bolsa em razão dos juros elevados

22 mai 2025 - 19h46
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A gestora Pátria Investimentos anunciou nesta quinta-feira, 22, a compra de seis fundos imobiliários da Genial Investimentos. Com a operação, o Pátria adiciona R$ 2,5 bilhões de ativos sob gestão em sua carteira imobiliária, que atinge R$ 26 bilhões. A transação será submetida à análise do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e também passará por assembleias de cotistas. O valor da compra não foi revelado.

A operação abrange a aquisição dos fundos MALL11 (shoppings), BPFF11 (FoF), PLCR11 (CRIs), SPTW11 (escritórios), GLOG11 (logística) e PLCA11 (CRAs).

De acordo com o sócio e líder da área de imóveis do Pátria, Rodrigo Abudd, a aquisição foi uma oportunidade que surgiu devido à taxa de juros elevada, que tem impedido a captação de recursos em novas emissões na bolsa de valores.

"Se o mercado tivesse ótimo e a gente tivesse com uma taxa de juros a 2%, como foi durante a pandemia, se eu ligasse para a Genial e falasse, quer vender o business de real estate? Iam falar: 'Não, muito obrigado. Vou fazer uma captação agora de R$ 1 bilhão'", diz Abudd.

O executivo conta que a aquisição estava alinhada a objetivos estratégicos da empresa, como entrar no segmento de shopping center e ampliar o portfólio de fundos de papel (crédito).

Em shoppings, mesmo com o juro elevado que tende a inibir o consumo, o setor tem melhorado desde a pandemia, mas ainda tem espaço para melhorar os indicadores a partir do início da curva de queda da Selic.

Segundo a Abrasce, o faturamento do setor em 2024 foi recorde, chegando a R$ 198,4 bilhões. O número é 1,9% maior do que o de 2023, que foi de R$ 194,7 bilhões. A associação estima que o faturamento de 2025 seja ainda maior, atingindo R$ 201 bilhões.

Em número de visitantes, apesar de estar em uma crescente, ainda não houve recuperação em relação ao período pré-pandemia. Em 2019, foram 505 milhões de visitantes, contra 476 milhões em 2024.

Rodrigo Abudd, sócio do Pátria Investimentos, diz que aproveita momento de juros altos para acelerar estratégia de expansão
Rodrigo Abudd, sócio do Pátria Investimentos, diz que aproveita momento de juros altos para acelerar estratégia de expansão
Foto: Danilo Reis/Divulgação/Pátria Investimentos / Estadão

Crédito imobiliário

Na área de fundos de papel, que agrupam dívidas em grande parte de Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRIs), o Pátria almeja elevar sua participação com a transação e não desconsidera outras para ampliar essa frente.

"A nossa estratégia de crescimento do setor de papel está muito em linha com o equacionamento do funding (financiamento de construtoras) do setor. Principalmente com a diminuição dos recursos, seja da poupança, seja do FGTS", afirma Abudd.

Segundo a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), nos últimos anos, o financiamento para construção vindo do mercado de capitais passou de 30% para 40% na representatividade na composição do crédito (o restante vem da poupança e do FGTS). Os principais produtos de investimentos são LCIs, CRIs e LIGs.

Recentemente, o Pátria também anunciou um aporte de US$ 1 bilhão para voltar ao segmento de data centers, após a venda da Odata, em 2022, pouco antes do lançamento do ChatGPT.

Estadão
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