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Moedas globais: libra se fortalece com reabertura no Reino Unido e pressiona DXY

17 mai 2021 - 18h25
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O dólar fechou em queda ante rivais e a maior parte das moedas de países emergentes, revertendo alta do início da sessão e estendendo a trajetória negativa de sexta-feira. A divisa americana perdeu espaço para a libra, que se fortaleceu diante do relaxamento das medidas restritivas no Reino Unido, que alimenta as expectativas de recuperação da economia britânica.

O Dollar Index (DXY), que mede a variação do dólar em relação a outras seis moedas fortes, fechou em queda de 0,17%, aos 90,164 pontos. No fim da tarde em Nova York, o euro subia a US$ 1,2162, enquanto a libra tinha alta a US$ 1,4144. Já o dólar recuava a 109,18 ienes.

A libra esterlina foi beneficiada pela percepção de que a economia britânica tem se recuperado de forma mais rápida do que a da União Europeia (UE), em meio à retomada parcial das atividades nesta segunda-feira, diz o analista do Danske Bank Mikael Milhoj. "O Reino Unido está reabrindo gradualmente com o apoio da vacinação rápida contra a covid-19, o que, combinado com as empresas se acostumando com a nova relação comercial com a UE, significa que as perspectivas para a economia do Reino Unido parecem muito melhores" em comparação com os países do bloco europeu, disse.

O dólar chegou a se apreciar ante moedas rivais no começo dos negócios, mas o movimento não se sustentou, e uma alta mais robusta da moeda nesta semana só deve ocorrer caso os juros dos Treasuries ganhem um novo impulso, afirma o Brown Brothers Harriman, em relatório enviado a clientes. Investidores continuam atentos a comentários de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) sobre a economia americana. Hoje, o vice-presidente da entidade, Richard Clarida, reforçou o posicionamento de que a inflação nos EUA se dá, na maior parte, por fatores transitórios. Ele alertou, porém, para um possível descontrole que deve ser evitado pelo Fed. Já o presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, defendeu a manutenção da política monetária acomodatícia.

Ante moedas emergentes, o dólar se valorizou em relação ao peso chileno, com a divisa do país latino-americano se descolando da maioria de seus pares, após os candidatos independentes superaram os de partidos tradicionais nas eleições da Assembleia Constituinte do Chile, que ocorreram neste fim de semana. Perto do horário de fechamento dos mercados em NY, o dólar avançava a 715,55 pesos.

*Com informações de Dow Jones Newswires

Estadão
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