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Modelo carioca de saúde é destaque na gestão Hans Dohmann

A experiência mostra que investir em prevenção e atenção primária é o caminho para sistemas de saúde mais eficazes

24 nov 2025 - 16h48
(atualizado às 17h25)
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Foto: Freepik

Um estudo publicado no The Lancet Regional Health Americas, em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e o Banco Mundial, apontou o Rio de Janeiro como um dos mais estruturados de atenção primária na América Latina. 

A publicação destaca que, ao longo dos últimos anos, a cidade consolidou uma rede territorializada, integrada e com maior capacidade de detecção precoce de surtos, resultado de um processo contínuo de expansão e reorganização iniciado no final da década de 2000. 

Nesse período, a gestão municipal era conduzida pelo médico cardiologista Hans Dohmann, que participou das ações de reorganização e ampliação do acesso à atenção primária.

Expansão da atenção primária e resultados 

Dados reunidos pelo estudo mostram que a cobertura da Estratégia Saúde da Família no Rio passou de cerca de 3,7% em 2008 para cerca de 45% durante a gestão de Hans Dohmann, atingindo mais de 70% em 2016 e batendo a marca de mais de 80% em 2024. Esse movimento acompanhou a ampliação das Clínicas da Família e a consolidação de equipes multiprofissionais atuando de forma contínua no território.

O avanço foi associado à melhora de indicadores como mortalidade infantil, controle de doenças crônicas e redução de internações evitáveis, segundo levantamentos da própria rede municipal e análises comparativas feitas pelo estudo internacional.

A integração entre cuidado, prevenção e vigilância

Ainda segundo o estudo, a atenção primária no Rio se consolidou como base da vigilância em saúde. Durante surtos e epidemias recentes, como a de dengue em 2024 e até mesmo a pandemia de Covid-19, as unidades funcionaram como centros de triagem, monitoramento e manutenção de serviços essenciais, evitando sobrecarga nos hospitais.

Relatórios da Secretaria Municipal de Saúde indicam que o modelo permitiu identificar alterações no padrão de adoecimento mais cedo, antecipando ações de campo e reduzindo o impacto sobre a rede de emergência.

A experiência carioca como orientação para políticas futuras

O estudo da The Lancet Regional Health conclui que a experiência do Rio demonstra que sistemas de saúde mais eficazes dependem menos da expansão hospitalar e mais do investimento contínuo em equipes de base, integração com vigilância e capacidade de coleta de dados em tempo real.

Para Hans Dohmann, o caso carioca ilustra que a prevenção estruturada no território reduz custos, melhora o acesso e fortalece a capacidade de resposta a emergências. A estratégia, segundo ele, pode orientar tanto políticas públicas quanto iniciativas privadas de gestão populacional.

Indicadores recentes mostram continuidade dos resultados

Os indicadores mais recentes da atenção primária no Rio de Janeiro sugerem que o modelo estruturado ao longo dos últimos anos manteve a trajetória de evolução. Em 2025, a cidade registrou nota 8,58 no Indicador Sintético Final (ISF) do programa Previne Brasil, o maior desempenho entre todas as capitais brasileiras. 

O dado, divulgado no primeiro quadrimestre daquele ano, reflete a combinação de cobertura territorial elevada, acompanhamento contínuo de pacientes e maior integração com a vigilância epidemiológica, fatores que foram apontados pelo estudo da The Lancet Regional Health Americas como essenciais para fortalecer a capacidade de resposta municipal em situações de emergência sanitária. 

Essa manutenção dos resultados ao longo do tempo reforça que a estratégia de atenção primária consolidou bases estruturais que ultrapassam gestões e se tornaram parte permanente da organização do sistema de saúde da cidade.

Foto: Divulgação

Hans Dohmann é médico, mestre em Cardiologia pela UERJ e doutor em Ciências da Saúde pela UFRJ, com pesquisa pioneira em células-tronco em parceria com o Texas Heart Institute. Foi secretário municipal de Saúde do Rio de Janeiro entre 2009 e 2014 e tem atuação destacada em gestão populacional e saúde digital no setor privado. Atualmente, é diretor médico da Stone, responsável pelo Hospital Virtual Verde.

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