Crescimento de até 1200% no faturamento: como elas alavancaram as vendas de suas lojas com o e-commerce
Empreendedoras apostaram no digital e transformaram o sonho do negócio próprio em realidade; inspire-se para aprimorar seu próprio negócio
Uma nasceu da ideia de conseguir uma grana para terminar um curso; a outra, de uma viagem de férias e uma percepção aguçada do que poderia dar certo. “Bossa Brasil” e “Femme by Giovanna Monthay” são lojas que nasceram do e-commerce e, por meio dele, viram seu faturamento explodir em pouco tempo.
Apaixonada por moda e fã de tendências, a empreendedora Giovanna Monthay transformou seu sonho em realidade no início de 2022, quando abriu uma loja online para ajudar a custear sua pós-graduação.
Com um investimento inicial de R$ 500, Giovanna comprou sete peças para revender e obteve um retorno que ela considera notável, utilizando exclusivamente o Instagram como plataforma de vendas. Em junho do mesmo ano, aproveitando a temporada de inverno, ela decidiu investir em tricôs, impulsionando o crescimento da loja.
Por um ano, a operação se manteve focada no Instagram e WhatsApp, mas a necessidade de expandir as vendas levou à criação de uma loja virtual em 2025. Essa mudança marcou uma transformação completa, com a troca do layout da marca e a adoção do nome atual.
A estratégia de alavancagem da marca foi impulsionada por indicações e, primordialmente, pelas redes sociais, como Instagram e Facebook. Giovanna utilizou grupos de Facebook focados em mulheres e na região do ABC Paulista, onde mora, além de realizar campanhas de engajamento que recompensam clientes que divulgam a marca.
“Um grupo no WhatsApp também oferece benefícios e vantagens exclusivas aos clientes”, ela conta ao Terra.
Para Giovanna, a importância do e-commerce foi "total".
“A loja virtual me permitiu ampliar o alcance da marca para outras cidades e estados, facilitando compras rápidas e seguras para clientes e para o negócio, operando 24 horas por dia”, ela diz. “As redes sociais também foram cruciais. Dependo 90% delas para impulsionar vendas e atrair novos clientes, e a loja praticamente não existiria sem elas”, afirma.
O resultado dessa aposta no digital se refletiu diretamente no faturamento, que registrou um aumento de cerca de 80% desde o primeiro ano da loja até agora.
Bossa encontrou lacuna e nadou sobre ela
Com a marca de biquínis Bossa, não foi diferente. A ideia de empreender surgiu em uma viagem da sócia Roberta Giusti ao México. Ao Terra, ela conta que identificou uma grande oportunidade no mercado internacional para biquínis brasileiros, notando a má modelagem e qualidade dos produtos locais.
Com essa visão, chamou as amigas Sofia Kobas e Natalie para embarcar com ela na jornada empreendedora. “A ideia central sempre foi levar a identidade brasileira ao mundo, mas fugindo dos clichês, mostrando um Brasil "cool" — o rio além do mar, o filtro de barro da casa de avó, o lado descolado de São Paulo”, conta Roberta.
A Bossa utilizou uma ferramenta de construção de loja online desde o início para o layout de seu site e continua com a plataforma até hoje. Além disso, a marca emprega softwares de CRM, alavancas de crescimento, Provador Virtual, ERP e ferramentas de design.
A grande virada para a marca veio com o lançamento dos bonés. As sócias desenvolveram bonés com frases descoladas voltadas aos públicos feminino e masculino. Roberta conta que o tráfego pago, aliado ao produto de sucesso, possibilitou um crescimento expressivo após o lançamento.
“Em termos de marketing, a Bossa sempre priorizou o conteúdo orgânico, evitando publicidade paga e planejamento excessivo, preferindo atuar com base no ‘feeling’ e no que nós mesmas gostamos de consumir”, conta Roberta.
Sofia, uma das sócias, inicialmente responsável pelas redes sociais, transformou-se em influenciadora, e o perfil da marca, que hoje tem mais de 47 mil seguidores, cresceu de forma orgânica e natural.
E-commerce foi chave
Segundo Roberta, o e-commerce foi essencial para a consolidação da Bossa. A marca nasceu "nativa digital". Com as três sócias atuando integralmente em outras profissões, um ponto físico era inviável no começo. A loja virtual foi essencial para a existência do negócio, com o estoque inicialmente na casa de Roberta e Natalie, onde empacotavam os pedidos.
À medida que cresciam, a veia digital da marca se tornou uma fortaleza, permitindo montar processos escaláveis e automatizados, cruciais para o crescimento sem a necessidade de aumentar a equipe.
“As redes sociais, especialmente o Instagram, tiveram um papel essencial na consolidação, sendo uma das principais fontes que direcionam clientes para o site. O crescimento da Bossa foi impressionante: mais de 1200% em faturamento no site, comparando o primeiro ano com o último fechado em novembro de 2024. Além das vendas diretas, a marca explorou parcerias e outros canais como marketplaces, que hoje representam 15% do faturamento”, conta Roberta.