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FIDCs viram rota de financiamento fora dos bancos

Descompasso entre inflação e juros mantém a pressão sobre o crédito e exige alternativas mais inteligentes de financiamento

20 jul 2025 - 06h09
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Resumo
FIDCs ganham relevância como alternativa ao crédito bancário, oferecendo flexibilidade e atraindo empresas diante do descompasso entre inflação em queda e juros altos, o que limita o acesso a financiamento tradicional.
Foto: Freepik

A sétima redução consecutiva na expectativa de inflação para 2025, agora em 5,17%, confirma que o aperto monetário promovido pelo Banco Central começa a surtir efeito. No entanto, a permanência da taxa de juros em patamares elevados, atualmente em 15%, evidencia que o ciclo ainda não oferece margens para uma flexibilização mais agressiva. 

Esse descompasso entre inflação e juros mantém um cenário de crédito apertado, afetando diretamente a capacidade de financiamento de empresas que precisam de capital para expandir, reorganizar passivos ou apenas manter a operação em tempos de liquidez restrita.

Com o crédito bancário tradicional ainda travado por taxas elevadas, burocracia e maior aversão ao risco, cresce a importância de alternativas mais ágeis e ajustadas à realidade do mercado. Os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs) vêm ganhando destaque nesse ambiente, oferecendo soluções estruturadas com maior flexibilidade e aderência às necessidades de empresas de médio porte, que muitas vezes não encontram espaço no sistema financeiro convencional. 

Em um cenário em que o custo do dinheiro permanece alto, os FIDCs permitem a customização de prazos, garantias e taxas, o que amplia sua atratividade tanto para tomadores quanto para investidores.

Diante desse cenário, a dinâmica do mercado de crédito passa a exigir não apenas acesso a capital, mas também sofisticação nas estruturas e maior rigor na avaliação de risco. O investidor está mais criterioso, priorizando fundos com histórico consistente, governança sólida e ativos de alta qualidade. Isso eleva o padrão das operações e beneficia os FIDCs que conseguem se adaptar a esse novo patamar de exigência. 

“O mercado deve seguir exigente, priorizando operações com lastros sólidos, governança robusta e risco bem calibrado. A seletividade aumenta, mas também cresce a demanda por estruturas flexíveis e aderentes à realidade das empresas”, afirma Richard Ionescu, CEO do Grupo IOX.

A tendência para os próximos meses é de continuidade desse descompasso entre política monetária e atividade econômica. Com a liquidez ainda limitada e a inadimplência em níveis elevados, os FIDCs se consolidam como uma peça central na engrenagem do financiamento empresarial. 

Mais do que uma resposta pontual à escassez bancária, representam um novo modelo de crédito, mais adaptável, ágil e alinhado às demandas reais das empresas brasileiras.

(*) Homework inspira transformação no mundo do trabalho, nos negócios, na sociedade. É criação da Compasso, agência de conteúdo e conexão.

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