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Corrida por proteção: tarifas dos EUA reacendem reestruturações societárias

Instabilidade nas exportações amplia o movimento de M&As defensivos e exige preparação jurídica para evitar impasses entre sócios

22 ago 2025 - 06h49
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Resumo
Tarifas protecionistas dos EUA impulsionam fusões e aquisições defensivas no Brasil, exigindo revisão estratégica e preparação jurídica para mitigar impactos e fortalecer resiliência empresarial.
Corrida por proteção: tarifas dos EUA reacendem reestruturações societárias:

Nos últimos anos, o cenário econômico global tem sido marcado por uma série de choques externos que impactam diretamente o comércio internacional e, consequentemente, a dinâmica empresarial em diversos países, incluindo o Brasil. Um desses choques mais visíveis tem sido a adoção de tarifas e barreiras protecionistas por governos, com destaque para a política comercial dos Estados Unidos. Essa movimentação dos EUA não apenas altera o fluxo das exportações brasileiras, mas também impulsiona uma reação significativa no mercado local, especialmente na forma de fusões e aquisições (M&As) defensivas e reestruturações societárias.

A imposição de tarifas por parte dos Estados Unidos, que busca proteger suas indústrias internas diante de competidores estrangeiros, gera uma instabilidade imediata para empresas brasileiras exportadoras. Setores tradicionais, como o agrícola, siderúrgico e manufatureiro, enfrentam uma redução considerável da competitividade, provocando um ambiente de incertezas para os negócios com o mercado norte-americano. Essa situação obriga as corporações brasileiras a reverem suas estratégias, buscando mecanismos para manter a solvência e ajustar suas operações frente à nova realidade econômica.

Dentro desse contexto, os movimentos de M&As defensivos se destacam. Empresas brasileiras, ameaçadas pela volatilidade das exportações, recorrem à fusão com concorrentes ou à aquisição de parceiros estratégicos para aumentar escala, otimizar custos e fortalecer a presença em mercados alternativos. Esse tipo de operação busca não somente a sobrevivência, mas também a reorientação do posicionamento competitivo das organizações. Ao unir forças, as empresas conseguem diluir riscos comerciais e aumentar sua resiliência diante das tarifas adversas.

Contudo, o crescimento dos processos de fusão e aquisição também demanda uma preparação jurídica robusta para garantir que a integração societária ocorra sem entraves. A instabilidade causada pelos choques externos pode exacerbar divergências entre sócios, especialmente quando as expectativas sobre o futuro do negócio se tornam incertas. Nessa toada, estruturas contratuais claras e acordos de sócios bem delineados são essenciais para evitar impasses que possam comprometer a operação e sua efetiva implementação.

Além disso, a necessidade de reestruturações societárias amplia o papel do compliance e da governança corporativa como ferramentas para controlar riscos legais e regulatórios associados ao processo de ajuste interno. Equipes jurídicas precisam estar aptas a realizar due diligence aprofundadas, mapear contingências e propor soluções que antevejam disputas societárias. Só assim as empresas estarão preparadas para enfrentar os desafios inerentes à adaptação em um ambiente tão volátil.

A corrida por proteção gerada pelas tarifas impostas pelos Estados Unidos acende um movimento importante no Brasil, que vai além do simples choque comercial. Trata-se de um fenômeno que estimula a consolidação empresarial e a revisão estratégica das estruturas jurídicas e societárias das companhias, delineando um novo padrão de atuação focado em resiliência e flexibilidade. Para as organizações brasileiras, o desafio é grande, mas passa necessariamente pela combinação de inteligência econômica e segurança jurídica como pilares para superar as tensões do comércio global em constante transformação.

(*) Homework inspira transformação no mundo do trabalho, nos negócios, na sociedade. É criação da Compasso, agência de conteúdo e conexão.

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