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Mercosul busca acelerar aplicação de acordo com a UE

17 jul 2019 - 11h10
(atualizado às 16h25)
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Os países do Mercosul se reuniram nesta quarta-feira na Argentina, com planos sobre como agilizar a entrada em vigor do tratato de livre comércio fechado recentemente com a União Europeia (UE) e acelerar a assinatura de novos acordos.

Abertura da cúpula de chefes de Estado do Mercosul em Santa Fé, na Argentina
16/07/2019
Ministério das Relações Exteriores da Argentina/Divulgação via REUTERS
Abertura da cúpula de chefes de Estado do Mercosul em Santa Fé, na Argentina 16/07/2019 Ministério das Relações Exteriores da Argentina/Divulgação via REUTERS
Foto: Reuters

Os presidentes de Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai se juntaram em Santa Fé, no cinturão de grãos dos Pampas argentinos, menos de um mês depois de o Mercosul ter fechado com a UE acordo comercial.

O acordo --desenhado durante duas décadas-- marca uma rara vitória do livre comércio em meio ao crescente protecionismo global, embora ainda precise ser ratificado, a princípio pelos Parlamentos nacionais, mas os membros do Mercosul indicaram estar dispostos a buscar um modo para acelerar a implementação.

"Todos somos a favor de que (o acordo) possa ter um ponto de entrada provisória em função da discussão que cada um (dos membros do Mercosul) está tendo diante de seus respectivos Parlamentos", disse na terça-feira à noite a jornalistas o chanceler argentino, Jorge Faurie.

O ministro de Produção da Argentina, Dante Sica, disse nesta quarta-feira que ministros do Comércio buscavam acelerar a implementação do acordo, o que poderia ocorrer de forma interina para cada país assim que parlamentares nacionais o aprovarem.

"Uma vez que todas as questões e protocolos legais estejam resolvidos, a ideia seria que... uma vez aprovado pelo Parlamento Europeu, então cada país (do Mercosul) poderia começar a operá-lo assim que seu próprio Congresso desse o aval", disse ele.

O acordo entre dois dos maiores blocos comerciais do mundo foi celebrado por líderes em ambas as regiões, embora tenha levantado algumas preocupações sobre a crescente concorrência entre produtores agrícolas na Europa e setores industriais, como automóveis, na América do Sul.

O presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, disse nesta quarta-feira que o Brasil, que ocupa a presidência rotativa do Mercosul, irá trabalhar para incluir os setores automotivo e o de açúcar na união aduaneira.

O Mercosul agora também está de olho em outros acordos comerciais, incluindo discussões de prazo mais longo para um acordo com os Estados Unidos.

"O acordo com a União Europeia não é a linha de chegada, mas a linha de largada", disse o presidente argentino, Mauricio Macri, na reunião. "É uma oportunidade para o Mercosul buscar mais em nossa ambiciosa agenda de negociações internacionais."

O bloco está em negociações com o bloco EFTA --composto por Islândia, Noruega, Liechtenstein e Suíça-- e com o Canadá para alcançar tratados similares ao acordo com a UE.

Faurie disse que o Mercosul poderia chegar a um acordo com o EFTA na segunda metade do ano e com o Canadá no primeiro semestre de 2020.

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