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Lava Jato denuncia executivos de grupo Techint por corrupção

pagamento de vantagens indevidas ao ex-diretor de serviços da Petrobras, Renato Duque

4 jun 2020 - 14h03
(atualizado às 14h27)
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O Ministério Público Federal (MPF) no Paraná denunciou nesta quinta-feira executivos e agentes ligados ao grupo siderúrgico e de engenharia Tenaris/Techint, no âmbito da Operação Lava Jato, citando pagamento de vantagens indevidas ao ex-diretor de serviços da Petrobras, Renato Duque.

Viatura da Polícia Federal no Rio de Janeiro
05/09/2017 REUTERS/Sergio Moraes
Viatura da Polícia Federal no Rio de Janeiro 05/09/2017 REUTERS/Sergio Moraes
Foto: Reuters

As vantagens pagas, que segundo o MPF somam 10 milhões de dólares, envolvem "crimes cometidos no interesse de contratos celebrados entre a Confab Industrial, empresa do mencionado grupo econômico, e a Petrobras entre 2007 e 2010".

Segundo o MPF, o Grupo Techint, um dos principais acionistas da Usiminas, "não apenas pagou reiteradamente valores a agentes públicos brasileiros para obter contratos de prestação de serviços e fornecimento de produtos, notadamente tubos de grande diâmetro e serviços vinculados, como esses pagamentos também influenciaram a política de negócios internacionais da Petrobras". A denúncia envolve 11 pessoas.

No fim de outubro, o MPF iniciou a 67ª fase da Lava Jato para investigar executivos do grupo Techint, operação que envolveu 23 mandados de busca e apreensão nos Estados de Rio de Janeiro e São Paulo. Na época, os procuradores afirmaram que o grupo obteve contratos para obras na refinaria Landulpho Alves, na Bahia, no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) e no Gasduc III, entre 2007 e 2010. Estes contratos somaram mais de 3,3 bilhões de reais, segundo o MPF.

"O esquema envolvia muitos agentes e extrapolou a mera prática criminosa de corrupção de agentes públicos, afetando diretamente a política de negócios da Petrobras, corrompendo o devido processo licitatório e a garantia da ampla concorrência, fundamental quando se trata de grandes contratos públicos", afirmou em comunicado o procurador Marcelo Ribeiro de Oliveira.

Representantes da Techint no Brasil não puderam ser contatados de imediato.

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