Laranja fica mais cara com redução da colheita, praga e mudança climática
Em 12 meses, a laranja encareceu quase 40% no Estado de São Paulo
O suco de laranja é bom, mas tem ficado caro para ser consumido pelos brasileiros. Em 12 meses, a laranja encareceu quase 40%, segundo dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV). No acumulado dos meses, a fruta avançou mais de 30%, chegando a 38% no Estado de São Paulo.
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A alta no preço da fruta está ligada a uma série de desafios enfrentados na produção agrícola, como restrição da oferta (queda da colheita), pragas (greening) e mudança climática. Junta-se a isso, uma demanda maior pelo fruto em mercados emergentes na Ásia e Oriente Médio.
“As mudanças climáticas oferecem um desafio global ao agronegócio, não é só o Brasil que está sendo afetado", disse em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo o coordenador dos índices de preço da FGV, André Braz. Levantamento da Universidade de São Paulo (USP) mostra que a laranja atingiu em 2024 o maior preço em 30 anos.
Em março, por exemplo, a laranja pera, mais consumida, teve um aumento bem maior do que a inflação geral medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do IBGE. Enquanto o índice geral para o período foi de 3,93%, a laranja registrou inflação de 16,24%.
Atualmente, a produção de laranja está concentrado nos Estados de São Paulo, que lidera o ranking com 77% da produção nacional, Minas Gerais e Paraná, região conhecida como “Cinturão Cítrico”.