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IPCA fica abaixo do teto da meta em novembro pela 1ª vez em mais de um ano

10 dez 2025 - 09h05
(atualizado às 10h31)
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A inflação no Brasil acelerou um pouco menos do que o esperado em novembro apesar da pressão das passagens aéreas, e a taxa em 12 meses foi abaixo do teto da meta pela primeira vez em pouco mais de um ano.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulou nos 12 meses até novembro alta de 4,46%, de 4,68% em outubro e expectativa de 4,49%.

Com isso, o IPCA em 12 meses volta a ficar abaixo do teto da meta contínua -- 3,0% medida pelo IPCA, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos -- pela primeira vez desde setembro de 2024 (+4,42%).

Na base mensal, o IPCA subiu em novembro 0,18%, menor leitura para o mês desde 2018 (0,21%), depois de avançar 0,09% no mês anterior, mostraram os dados divulgados nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado mensal ficou ligeiramente abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters de 0,20%.

De acordo com o gerente da pesquisa no IBGE, Fernando Gonçalves, a inflação caminha para terminar o ano dentro do objetivo: "Não tem nenhuma pressão forte para a inflação nesse fim de ano que possa ameaçar o cumprimento da meta", afirmou, calculando que se o IPCA registrar 0,56% de alta em dezembro, o índice bate na meta de 4,5%.

Os dados do IPCA foram divulgados no dia em que o Banco Central anuncia sua última decisão de política monetária do ano, com ampla expectativa de manutenção da taxa básica de juros em 15%.

O presidente do BC, Gabriel Galípolo, afirmou recentemente que a autoridade monetária vai colocar os juros no nível necessário pelo tempo necessário para que a inflação convirja para a meta, e que deve perseguir o centro do objetivo, não o teto.

"O quadro inflacionário brasileiro segue em processo de desinflação", avaliou Gustavo Sung, economista-chefe da Suno Research. "Apesar disso, o Banco Central deve manter uma postura cautelosa na reunião do Copom desta quarta-feira, com o objetivo de preservar sua credibilidade e evitar ruídos que comprometam a condução da política monetária."

PESOS

Em novembro, o principal impacto positivo no índice foi exercido pela passagem aérea, com alta de 11,9% de 4,48% no mês anterior. Isso ajudou a inflação de serviços, ponto de atenção do BC em meio à resiliência do mercado de trabalho e à renda elevada, a acelerar para 0,60%, de 0,41% em outubro.

Já a hospedagem registrou avanço de 4,09% em novembro diante da alta de cerca de 178% desse serviço registrada em Belém por conta da realização da COP-30. Assim o grupo Despesas pessoais subiu 0,77% em novembro, de 0,45% no mês anterior.

A energia elétrica residencial também pesou com alta de 1,27% diante de reajustes tarifários em algumas concessionárias.

A bandeira tarifária para a conta de energia foi mantida em novembro como vermelha patamar 1, com cobrança adicional de R$4,46 a cada 100 kWh consumidos. Para dezembro, a Aneel informou que a bandeira será amarela e o consumidor passará a pagar R$1,885 a cada 100 KW/h consumidos.

Na outra ponta, o grupo Alimentação e bebidas voltou a cair, com variação negativa de 0,01%, sendo que a alimentação no domicílio fechou em queda pelo sexto mês consecutivo, de 0,20%.

"(A) pressão em serviços (foi) atenuada por queda maior do que a esperada nos preços dos alimentos e dos bens industriais, ambos espelhando os descontos da Black Friday. Este resultado é positivo e reforça o viés de baixa para inflação deste ano", apontou o banco Daycoval em nota

O índice de difusão, que mostra o espalhamento das variações de preços, teve em novembro alta a 56%, de 52% no mês anterior.

A mais recente pesquisa Focus do BC mostra que a expectativa do mercado para a inflação vem diminuindo, com projeção de que o IPCA encerre este ano com alta de 4,40%, com a Selic a 15,0%.

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