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FHC defende ajustes, mas diz que governo controla inflação

Ex-presidente se disse preocupado com o cumprimento do programa de metas da inflação

25 fev 2014 - 13h15
(atualizado às 13h32)
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O ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso defendeu nesta terça-feira ajustes na política econômica brasileira, mas disse que não pode ser “injusto” em dizer que o governo da presidente Dilma Rousseff não controla a inflação. Em Brasília para uma sessão comemorativa dos 20 anos do Plano Real, FHC disse que o Brasil tem condições de ser mais competitivo no cenário internacional.

“Eu me preocupo, mas não posso ser injusto de dizer que o governo não controla a inflação. Se comparada com a inflação.. eu tive 20%, 30% ao mês. Agora é de 6% ao ano. Isso não quer dizer que não deva continuar controlando. Me preocupo sim com a questão de cumprir o programa de metas da inflação, de ter a lei de responsabilidade fiscal bem mantida. A política econômica não é receita, é navegação”, disse o tucano no Senado.

O tucano rebateu um artigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que chama o Brasil de um país das oportunidades. No texto, Lula afirma que os governos petistas reduziram a inflação de 12,5%, no último ano do governo FHC, para próximo a 6%. “O presidente Lula sempre faz uma comparação como se a história começasse com ele. Por exemplo, ele disse que a inflação em 2002 era de 12% e agora é 6%. Só que em 2002 a inflação era dele, por medo do Lula (antes das eleições presidenciais daquele ano). Nós derrubamos de quando era 40% ao mês. E o Brasil se tornou melhor mesmo. O Brasil está melhorando e vai melhorar ainda mais”, disse.

Para FHC, o Brasil tem problemas de competitividade pela tributação elevada e infraestrutura fraca. “A política econômica não é receita, é navegação. Não pode ter uma ideia fixa, mas tem certos rumos que têm de ser mantido. E agora nesse momento o Brasil está um pouco num compasso diferente do resto do mundo. Tem de ajustar de novo”, disse. “Tem que competir. Tem que continuar a mudar. Tem que continuar a fazer as reformas, ver onde estão os problemas. Isso não pode ser feito na calada da noite. Tem que abrir o jogo. Você tem de dizer com sinceridade ao povo e não fazer o tempo todo propaganda”, acrescentou.

A cerimônia do Congresso foi convocada pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG), pré-candidato à Presidência da República pelo partido. Na próxima quinta-feira, a Medida Provisória que criou a Unidade Real de Valor (URV), um dos pilares do plano, completa 20 anos. Em entrevista a jornalistas, Fernando Henrique lembrou ter pedido demissão do Ministério da Fazenda ao então presidente da República, Itamar Franco, por causa da desconfiança com a URV. “Cheguei até a pedir demissão do ministério, na véspera, porque havia tanta resistência de ministros, mas o presidente Itamar foi firme. Aliás, ele sempre foi firme”, lembrou.

FHC deu entrevista a jornalistas ao lado do senador Aécio Neves, a quem se referiu como um “bom candidato”. “Acho que há uma fadiga de material (no País). Chegou a hora de mudar, eu acho que agora precisa de mudança”, afirmou o ex-presidente.

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Fonte: Terra
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