Erros comuns ao escolher uma agência de marketing
O que costuma dar errado em contratos com agências e como evitar antes de assinar
Contratar uma agência exige método. Metas vagas, comparação de preço sem equiparar escopo, portfólio sem contexto e contratos pouco claros estão entre os erros mais comuns. Veja como alinhar objetivos, entender entregas, definir métricas e começar o trabalho com segurança.
Escolher uma parceira de marketing ficou mais complexo. Há estruturas completas, boutiques especializadas e times focados em frentes específicas como mídia, conteúdo, CRM ou SEO. Sem um mínimo de organização do lado do cliente, a conversa se perde em promessas e o semestre passa sem resultado.
A seguir, os deslizes que mais aparecem nas negociações e o que fazer para não cair neles.
Erro 1: pedir proposta sem objetivo claro
Metas genéricas geram propostas genéricas. Traga números de referência, como volume de leads, receita por canal e taxa de conversão. Diga o que é prioridade nos próximos meses e o que pode esperar. Assim o escopo nasce do problema real, não de uma lista solta de serviços.
Erro 2: comparar preço sem equiparar escopo
Duas propostas raramente incluem o mesmo pacote de horas, cargos e licenças. Monte uma planilha simples com o que cada uma entrega de forma recorrente e o que é pontual. Guias de serviços e glossários ajudam a organizar a conversa; ao pesquisar definições, páginas de agência de marketing digital costumam explicar bem onde começa e termina cada frente.
Sem essa equivalência, o menor preço pode sair caro porque deixa lacunas entre estratégia e operação.
Erro 3: olhar portfólio só pela estética
Peça cases com objetivo, contexto, hipótese testada e resultado. Peças bonitas contam pouco sem o “antes e depois”. Procure sinais de aprendizado no meio do caminho: o que foi ajustado, o que falhou, o que escalou. Maturidade aparece em projetos de médio e longo prazo.
Se possível, converse com 2 ou 3 clientes ativos. A percepção sobre disponibilidade e clareza na comunicação vale tanto quanto o resultado final.
Erro 4: ignorar quem vai executar e como será a governança
Conheça as pessoas que estarão no dia a dia. Senioridade importa nas decisões de estratégia e leitura de dados. Combine rituais: reunião semanal com pauta, responsáveis definidos e canal de aprovação claro. Sem isso, a operação emperra e o retrabalho cresce.
Acesso às contas deve ficar em nome da sua empresa. Isso inclui mídia, automação e analytics.
Erro 5: contrato vago sobre entregas, prazos e propriedade
O acordo precisa detalhar escopo, número de versões, SLAs para correções críticas e quem é dono dos arquivos finais. Inclua como serão mudanças de rota e redistribuição de horas entre frentes. Sem esse espaço, o contrato engessa o que deveria ser aprendizado contínuo.
Erro 6: separar SEO, mídia e conteúdo como se não conversassem
Mesmo quando a prioridade é performance paga, conteúdo e SEO sustentam a geração de demanda orgânica e reduzem custo de aquisição ao longo do tempo. Peça uma visão de funil completo e integração real entre os canais. Ao comparar propostas de agência de marketing, observe se essa malha aparece com metas e indicadores coerentes.
Erro 7: aceitar promessas de resultado garantido
Garantias de crescimento rápido sem contexto são um alerta. Mercados mudam, sazonalidade pesa e testes podem dar errado. Prefira quem explica premissas, margens de variação e plano B. Transparência agora evita frustração depois.
Erro 8: começar sem métrica, rotina e prazos de revisão
Relatórios mensais dão visão de tendência, mas alguns sinais pedem leitura semanal, como custo por lead e entrega de CRM. Defina um calendário de revisão trimestral para ajustar metas, orçamento e prioridades. Sem cadência, o plano envelhece rápido.
Erro 9: não documentar aprendizados e decisões
Registrar hipóteses, testes e resultados encurta o caminho nas próximas campanhas. O histórico também protege o projeto em trocas de equipe. Um quadro simples com metas, responsáveis e prazos dá visibilidade para todos.
Como começar com o pé no chão
Inicie com um plano de 90 dias. Ele serve para ajustar processo, validar hipóteses e construir confiança. Com o aprendizado desse ciclo, dá para ampliar escopo ou corrigir rota sem traumas. A parceria que funciona tem objetivo claro, papéis definidos e disciplina na execução. O resto é efeito dessa base bem montada.