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Dólar sobe ante real com exterior após Fed reafirmar planos para alta de juros

9 nov 2018 - 15h11
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O dólar subia ante o real nesta sexta-feira, acompanhando o mercado externo depois que o Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, reafirmou sua postura de política monetária na véspera.

Imagem ilustrativa de notas de dólar e de real 10/09/2015 REUTERS/Ricardo Moraes
Imagem ilustrativa de notas de dólar e de real 10/09/2015 REUTERS/Ricardo Moraes
Foto: Reuters

Às 10:19, o dólar avançava 0,45 por cento, a 3,7549 reais na venda, depois de bater a máxima de 3,7761 reais, e a mínima de 3,7492 reais. O dólar futuro cedia 0,23 por cento.

Na véspera, o Federal Reserve manteve os juros entre 2 e 2,25 por cento, afirmando que o "mercado de trabalho continuou a se fortalecer e... a atividade econômica tem crescido em um ritmo forte", deixando intacto seu plano de continuar a elevar juros gradualmente. Alta de juros nos EUA tendem atrair para o país dinheiro hoje aplicado nos países emergentes.

"Neste panorama residem os temores de mercados emergentes e da China... O ciclo natural de liquidez se volta aos EUA com o aperto monetário e, ao financiar a maior economia global, 'secam' as opções aos outros países", escreveu o economista-chefe da gestora Infinity, Jason Vieira.

O dólar operava em alta ante a cesta de moedas e perto da máxima de 16 meses após o Fed. Também subia ante as divisas de países emergentes, como o peso chileno e a lira turca.

Depois das eleições parlamentares nos EUA do início da semana, quando os democratas conquistaram maioria na Câmara dos Deputados dos EUA, começou a crescer a avaliação de que os juros poderiam subir menos no país, já que o presidente Donald Trump teria mais dificuldades de implementar medidas, como por exemplo, novo corte de impostos, facilitando o controle da inflação pela autoridade monetária.

Internamente, os investidores seguem ansiosos por novidades sobre a equipe de governo, sobretudo sobre o comando do Banco Central, e ainda sobre a reforma da Previdência.

Na véspera, o secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, avaliou que "não é" o fim do mundo aprovar a reforma da Previdência no ano que vem, lembrando que este é o prazo com que trabalha o mercado e salientando que o impacto da reforma nas contas públicas aumenta com o passar do tempo.

"A derrota do futuro governo com o aumento dos gastos (aprovação do aumento dos ministros do STF e do Rota 2030 com incentivos a montadoras) para os próximos anos mostrou que a nova cara técnica do futuro governo Bolsonaro precisa ter 'malícia' para negociar com o Congresso", avaliou o chefe da mesa de renda fixa de uma corretora estrangeira.

Ele se referia ao aumento do salário dos ministros do Supremo Tribunal Federal e à medida provisória que institui um novo regime tributário para o setor automotivo, o Rota 2030.

O Banco Central realiza nesta sessão leilão de até 13,6 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares para rolagem do vencimento de dezembro, no total de 12,217 bilhões de dólares.

Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.

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