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Patamar de superendividados no Brasil bate recorde em 2023

Os números de pessoas endividadas são alarmantes e batem recordes em 2023

15 mar 2023 - 01h00
(atualizado às 08h12)
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Foto: RawPixel / Freepik

O número dos superendividados bate recordes e chega a 2023 em patamares alarmantes. Segundo levantamento recente feito pelo Serasa, só em janeiro de 2023 o país registrou 70 milhões de pessoas endividadas, o que estabeleceu um novo recorde em relação aos últimos 5 anos. 

A faixa etária mais afetada, segundo pesquisa da instituição, são pessoas de 60 anos ou mais, tendo alta de 17% ― ante 12% das outras idades.

Diante desse cenário, entra em ação em breve o programa Desenrola.

Como é o programa Desenrola?

O programa promete facilitar a renegociação de dívidas para cerca de 40 milhões de brasileiros negativados. Através do Desenrola, o governo fará leilões para negociar desconto em dívidas de consumidores com bancos, varejistas e companhias de água, gás e telefonia. 

As dívidas não podem ultrapassar o teto de R$ 5 mil e o consumidor precisa ter uma renda de até 2 salários mínimos ― incluindo Bolsa Família. Um fundo garantidor cobrirá eventual inadimplência pós-negociação do negativado. Se o cidadão tiver renda acima de 2 salários mínimos, não haverá a garantia do Tesouro em caso de inadimplência.

As dívidas serão negociadas com desconto e o pagamento pode ser dividido em até 60 meses. A plataforma terá uma tabela de taxas de juros de cada banco, para que o consumidor escolha a taxa que achar mais atraente.

A maioria das dívidas não é com bancos

Ao contrário do que se imagina, a maior parte das dívidas do país (66,3%) não é com bancos, e sim com varejistas e companhias de água, gás e telefonia. As dívidas já somam R$ 301,5 bilhões, segundo dados do Serasa relativos a outubro de 2022.

O Desenrola terá um portal, no qual o consumidor pode digitar seu CPF e consultar se sua dívida foi alvo de renegociação.

Educação financeira para os jovens

A falta de educação finaneira é claramente um dos grandes fatores que levam a situações de superendividamento. Nesse cenário, a Geração Z, que vai representar o futuro do país em breve,- se tornou o público-alvo de empresas especializadas justamente em trabalhar essa educação financeira.

É o caso, por exemplo, da NG Cash, startup já tem mais de 1 milhão de usuários na sua base e é um aplicativo digital feito para ajudar a Geração Z a se tornar mais independente financeiramente. A partir de uma perspectiva de um hub financeiro, a companhia pretende acompanhar seus clientes durante toda sua vida e aumentar o conhecimento sobre educação financeira.

Redação Dinheiro em Dia
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